IBOPE: VITIMIZAÇÃO ELEVOU REJEIÇÃO DE MARINA
Não fez bem à candidatura de Marina Silva (PSB)
a estratégia de vitimização, usada por sua campanha e potencializada pela
grande imprensa, com capa na revista Veja e choro presenciado por jornalista da
Folha de S. Paulo; a vitimização, contra os ataques dos adversários na disputa
pela Presidência, voltou-se contra a própria candidata; quem diz isso é o
diretor do Ibope Hélio Gastaldi, responsável pela unidade de Opinião, Política
e Comunicação do instituto; “Agora ela terá de correr atrás do prejuízo, já que
perdeu a chance de mostrar firmeza. Ao se fazer de vítima e mostrar ingenuidade
aos ataques das outras campanhas, ela perde a credibilidade”, diz
Não fez bem à candidatura de Marina Silva
(PSB) a estratégia de vitimização, usada por sua campanha e potencializada pela
grande imprensa, com capa na revista Veja e choro presenciado por jornalista da
Folha de S. Paulo. A vitimização, contra os ataques dos adversários na disputa
pela Presidência, voltou-se contra a própria candidata. A análise é do diretor
do Ibope Hélio Gastaldi, responsável pela unidade de Opinião, Política e
Comunicação do instituto de pesquisas. Agora, além de driblar as críticas dos
oponentes, ela terá de mostrar firmeza para tentar passar mais credibilidade
como candidata a presidente, disse Gastaldi ao Valor Pro, serviço de notícias
em tempo real do Valor.
“O aumento da rejeição de
Marina já era esperado. Em um primeiro momento, só os pontos positivos foram
exibidos e depois ela ficou envolvida em uma agenda negativa. Mas a estratégia
de vitimização teve efeito contrário”, afirmou. “Agora ela terá de correr atrás
do prejuízo, já que perdeu a chance de mostrar firmeza. Ao se fazer de vítima e
mostrar ingenuidade aos ataques das outras campanhas, ela perde a
credibilidade”, analisou.
Segundo pesquisa Datafolha,
divulgada ontem, a rejeição de Marina é de 22%, maior do que a de Aécio, com
21%. A rejeição de Dilma é de 33%. Há um mês, na pesquisa realizada entre os
dias 14 e 15 de agosto, a rejeição de Marina era de 11%; a de Aécio era 18% e
Dilma, 34%.
Para Gastaldi, se o primeiro
turno demorasse mais algumas semanas, as intenções de voto em Marina teriam uma
redução significativa. “O voto dela é o mais volátil. É um voto do momento. Se
a campanha tivesse uma duração maior, Marina teria mais a perder do que
ganhar”, afirmou. Nesse mesmo cenário, o candidato do PSDB, Aécio Neves, em
terceiro lugar nas pesquisas, poderia resgatar parte das intenções de votos, que
migrou em sua maioria para a candidata do PSB.
Na análise do diretor do Ibope,
o cenário eleitoral está estável e deve manter o atual quadro, com a presidente
Dilma na liderança, seguida por Marina. As duas candidatas devem disputar um
provável segundo turno e a tendência, “pelo histórico das pesquisas”, é que
tenha uma “sutil ampliação” da diferença entre as duas candidatas. Gastaldi
afirmou que a intenção de voto dos candidatos tende a oscilar, mas sem mudanças
significativas. “Não é esperada nenhuma grande movimentação no cenário
eleitoral”, disse. “O cenário é estável”.
BRASIL 247 20 de setembro de 2014 13:46
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 20.09.2014 19h34m
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