MARINA
MEXE EM MAIS UM VESPEIRO POPULAR: A CLT
Citando "o professor Gianetti", chefe
de sua equipe econômica, candidata do PSB promete "atualizar" a
Consolidação das Leis Trabalhistas; Marina Silva não explicou, porém, qual será
o sentido a mudança; "Ainda não temos essa resposta", disse ela em
encontro com empreendedores, em São Paulo; pelo manual ortodoxo de Eduardo
Gianetti, garantias trabalhistas são um peso para o desenvolvimento; entre
janeiro e agosto, País criou 701 mil empregos com base na CLT; depois de atacar
pré-sal, Marina põe as mãos sobre novo vespeiro de alta sensibilidade;
plataforma é popular?
A candidata Marina Silva, do
PSB, enfiou as mãos em mais um vespeiro popular. Depois de questionar a
prioridade dada pelo governo à exploração do pré-sal e reafirmar, por meio do
coordenador Walter Feldman, que pretende mudar o modelo de partilha do petróleo
brasileiro em benefício das empresas estrangeiras, agora ela escolheu um
novo alvo: a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas.
"Vamos
fazer uma atualização das leis trabalhistas", disse Marina, ontem, em São
Paulo, em reunião com micro e pequenos empresários. Ela não deixou claro,
porém, qual será o sentido da mudança em caso de se eleger presidente.
"Ainda não temos essa resposta, esse assunto é muito complexo",
completou ela.
Marina
fez sua promessa de atualizar a CLT num contexto de reclamações dos pequenos
empreendedores sobre dificuldades para a contratação de mão de obra. A
candidata se comprometeu, então, a trabalhar pela alteração das atuais
normas trabalhistas. Este ano, entre janeiro e agosto, o País registrou a
criação de 701 mil vagas com carteira de trabalho assinada, dentro da
legislação atual.
Marina
agregou que as mudanças que pretende fazer na CLT serão "sem
prejuízo" a empregadores e empregados. Ela ressalvou que não quer que sua
iniciativa seja chamada de "flexibilização" da CLT, apesar de ter
sido essa a impressão que ficou de sua nova promessa eleitoral.
- Quero
reafirmar, para que não fique nenhuma dúvida, de que isso será feito sem
prejuízo às conquistas que os trabalhadores a duras penas alcançaram, afirmou a
candidata a jornalistas.
Ao ser
questionada sobre o que pretende fazer em relação à terceirização da mão de
obra, ela procurou ajustar novamente seu discurso.
- Não
queremos a precarização das ocupações que existem. Foi feito um processo no
governo do PSDB que tem muitos problemas e esses problemas precisam ser
reparados, acentuou Marina.
Após
prometer a "atualização" da CLT, citando "o professor
Gianetti" como inspiração, a candidata reconheceu que ainda não faz ideia
do que pretende fazer sobre o assunto em caso de chegar ao governo.
- É um
debate difícil e ainda não temos uma finalização sobre o assunto, assinalou.
Pela
cartilha do economista Eduardo Gianetti da Fonseca, que vai assumindo o posto
de chefe da equipe econômica de Marina, sabe-se que garantias trabalhistas são
vistas como entraves para o desenvolvimento do País. Os empreendedores que
ouviram Marina ficaram com a impressão de que, para um lado ou para o outro, a
CLT não será a mesma caso a candidata do PSB vença a corrida eleitoral.
BRASIL 247 16 de setembro de 2014 16:41
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 16.09.2014 20h45m
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