ASSIM NASCEU O SINPROCAPE

ASSIM NASCEU O SINPROCAPE - Em 06 de Março de 1987 foi fundada na cidade de Caruaru-PE, através do Propagandista Vendedor Sr. Pedro Tiago de Moura, a Associação dos Vendedores e Viajantes Propagandistas de Caruaru, neste mesmo ano, foi realizada uma consulta na Delegacia do Trabalho, tendo a frente o delegado Sr. Gentil Miranda, de como proceder para transformar a mesma em Sindicato, após várias consultas e procedimentos, no dia 02 de Abril de 1989 foi fundado o SINPROCAPE que nos dias atuais dispõem de sede própria na Rua Benjamin Larena, 169 – Bairro Divinópolis-Caruaru, Pernambuco, e assim continuamos trabalhando em prol de nossa categoria como nosso lema propõe : “UNIÃO E COMPROMISSO” .

terça-feira, 30 de junho de 2015

DEBATE SOBRE PARLAMENTARISMO DEVE SER REABERTO, DIZ CUNHA
Durante evento Câmara Itinerante, em Manaus, o presidente da Câmara falou sobre reforma política, maioridade penal e pacto federativo, entre outros temas


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta segunda-feira (29) que o debate sobre o parlamentarismo deve ser reiniciado pelos deputados. Cunha defendeu a adoção do sistema ao ser questionado durante o evento Câmara Itinerante, em Manaus (AM).

“Vivemos uma crise do presidencialismo, porque mesmo com a perda da condição política, você não pode refazer o pleito, só na próxima eleição você pode rever a decisão. No parlamentarismo, em certas circunstâncias especiais, você pode dissolver até mesmo o Congresso e realizar novas eleições”, disse.

Reforma política
Para Cunha, a votação da reforma política foi um avanço, ainda que as mudanças não tenham sido muitas. “No sistema eleitoral, tivemos todas as opções, mas a Câmara fez a opção por manter o sistema existente”, disse.

Cunha ressaltou que a tendência é baratear as campanhas e impor um limite às doações de empresas. Ele estima que o tempo de campanha deva diminuir de 90 para 60 dias, e o tempo de exposição da campanha na TV, de 40 para 30 dias. “Defendo que empresas que prestam serviços junto à administração pública sejam impedidas de fazer doações”, disse.

Maioridade penal
O presidente da Câmara defendeu também a redução da maioridade penal para crimes graves e afirmou que esse debate deve continuar com a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90).
“Após a redução vamos debater mudanças no sistema de internação, que hoje em dia não funciona. Muitos lugares são inadequados”, disse.


Pacto federativo
Ele apoiou ainda uma mudança gradual do pacto federativo, sem impacto imediato para o orçamento da União, mas com independência crescente dos entes federados, o que restabeleceria sua capacidade de investimento.
Segundo Cunha, a primeira medida deve ser tornar obrigatório o gasto com emendas de bancada, que são emendas ao Orçamento da União feitas pelas bancadas estaduais da Câmara para grandes projetos em seus estados. “Faz tempos que essas emendas não são liberadas, e vamos reverter isso”, disse.

Veto a MP
Cunha disse que seu partido, o PMDB, deve defender a derrubada do veto ao texto da Medida Provisória 660/14, que permite a servidores dos ex-territórios do Amapá e de Roraima optarem pelo quadro em extinção de pessoal da União. O veto retirou da proposta policiais e bombeiros militares, aposentados e servidores da Suframa.
O deputado Silas Câmara (PSD-AM), que foi o relator da proposta, explicou que a readmissão de servidores demitidos é um direito, e prometeu trabalhar pela derrubada do veto. “No entanto, isso é difícil, porque é necessária maioria da Câmara e do Senado. Da parte do meu partido há disposição, pelo que entendo”, disse o presidente.




Fonte: CÂMARA NOTÍCIAS   29 de junho 2015   14h26m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   30.06.2015  08h00m

segunda-feira, 29 de junho de 2015

PRESSÃO DAS RUAS É FUNDAMENTAL PARA DETER PROJETO DE TERCEIRIZAÇÃO, DIZ SENADOR

Em audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, Paulo Paim compara proposta, da forma como foi aprovada na Câmara, e em análise no Senado, ao retorno da escravidão




O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou hoje (29) que somente muita “pressão e bateção de tambor” das centrais sindicais e movimentos sociais, vai conseguir impedir a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30 – aprovado na Câmara como Projeto de Lei 4.330 –, que libera a terceirização em todas as atividades das empresas. “Se o rufar dos tambores acontecer, o Congresso recua. A continuar essa pressão, que os movimentos sociais estão fazendo corretamente, nós derrubamos o projeto”, defendeu.

O senador, que é relator do PLC na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, manifestou sua posição contrária à proposta. “A nossa intenção é derrubar. Só fazer um substitutivo não adianta. É preciso partir de um novo projeto, que será construído por essa cruzada pelos direitos dos trabalhadores”, afirmou.

Segundo Paim, há uma união inédita entre centrais sindicais, Poder Judiciário, movimentos sociais e outras entidades, tamanho o risco que o projeto representa. “Além das manifestações de rua, recebemos carta de apoio assinada por 19 dos 21 ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), apoio da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)”, afirmou. O senador participa de audiência sobre o PLC 30 na Assembleia Legislativa de São Paulo. O plenário da Casa está lotado.

A iniciativa conta com apoio do Fórum Permanente em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, integrado por sindicatos, especialistas e pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entre outras organizações.
A primeira audiência foi realizada no dia 29 de maio, em Minas Gerais. Na sexta (26), foi a vez da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Outros estados também integram o calendário nacional até o final de julho. Uma carta será redigida pelo Fórum, a partir das propostas surgidas nas audiências e nas plenárias livres a serem organizadas.

Na última quinta-feira (25), movimento sociais e centrais sindicais realizaram manifestação contra a retirada de direitos e o PLC 30 era um dos principais pontos para as entidades. “Se a terceirização entrar na pauta de votação nós vamos parar o Brasil. Não vamos aceitar um retrocesso como esse no direito dos trabalhadores”, afirmou o vice-presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.

Paim está viajando a todos os estados para realizar audiências públicas sobre o projeto. Para ele, é mínima a chance de o projeto ser votado neste ano, pois há muitos debates a realizar e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), “se comprometeu a não colocar o projeto em votação sem um amplo debate”. Até agora foram realizadas cinco audiências nos estados e três no Senado.

Segundo o senador, um projeto para regulamentar a terceirização deve garantir a responsabilidade solidária entre empresa contratante e contratada sobre os direitos dos trabalhadores e não permitir a ampliação da prática no país. “Não queremos que os 40 milhões de trabalhadores com carteira assinada sejam terceirizados. Queremos que os 12 milhões nessa situação sejam regulamentados, tenham seus diretos assegurados”, afirmou Paim. As centrais sindicais já apresentaram uma minuta de projeto ao senador, com estas características.

De acordo com estudo da CUT, os principais problemas em relação à terceirização é que os trabalhadores recebem salários até 30% menores, o número de acidentes de trabalho aumenta muito – de cada cinco acidentes registrados, quatro são de terceirizados. Além disso, será mais difícil combater o trabalho em condições análogas à escravidão.

“A terceirização é a quase revogação da lei áurea. Precariza e desorganiza o mundo do trabalho. Não vai ter mais metalúrgico ou enfermeiro. Todos serão funcionários de uma empresa qualquer, que contrata trabalhadores e os envia para as áreas que contratem”, afirmou Paim. Outro temor do Senador é que as ações na Justiça do Trabalho já são hoje, em sua ampla maioria, de trabalhadores terceirizados. “Se o projeto for aprovado, a Justiça do Trabalho vai ficar travada”.




Fonte: REDE BRASIL ATUAL   29 de junho 2015   11h58m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   29.06.2015  15h20m
'DESASTRE, AMEAÇA, RETROCESSO': AUDIÊNCIA PÚBLICA RECHAÇA PL DA TERCEIRIZAÇÃO
Trabalhadores reafirmaram disposição de realizar greve geral e manifestações até que o projeto seja arquivado pelos parlamentares




Centrais sindicais, magistrados do trabalho, parlamentares e pesquisadores reafirmaram na manhã de hoje (29) o repúdio ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30, de 2015, – antigo PL 4.330, de 2004 – que libera a terceirização em todas as atividades nas empresas. Cerca de mil pessoas participaram da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, rejeitando unanimemente a proposta.

“O PLC 30 em vez de efetivar os direitos trabalhistas e ampliar oportunidade de emprego, serve para dividir ainda mais a classe trabalhadora, a tal ponto de impossibilitar a sua organização. A luta dos trabalhadores não deve ser pela modificação do projeto, mas pela rejeição”, defendeu, em carta apresentada no evento, o Fórum Nacional em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.
O fórum foi criado para apresentar propostas contra a terceirização e auxiliar na organização de trabalhadores, movimentos sociais, universidades e defensores dos direitos trabalhistas. A pesquisadora Magda Biavaschi, do Centro de Estudos Sindicais da Universidade Estadual de Campinas (Unicap), membro do fórum, explicou que a entidade já apresentou uma proposta de regulamentação da terceirização no país ao senador Paulo Paim (PT-RS), que vai no sentido oposto ao do PLC 30.

A proposta não permite terceirizar atividade-fim, assegura igualdade de direitos e condições de trabalho entre contratados diretos e prestadores de serviços, garante a responsabilidade solidária entre empresas contratantes e contratadas e regulamenta a representação sindical pela entidade preponderante. “Não é flexibilizando os direitos que vamos melhorar a produtividade, aumentar os ganhos e ampliar os empregos. Os anos 1990 foram os que tiveram maior flexibilização e as condições trabalho e produtividade só pioraram”, disse Magda.

Segundo estudo da CUT e do Dieese, os trabalhadores terceirizados recebem salários até 30% menores, trabalham cargas horárias maiores e sofrem mais acidentes de trabalho. Em cada cinco acidentes registrados, quatro envolvem terceirizados. Além disso, será mais difícil combater o trabalho em condições análogas à escravidão. Desde 2010, os auditores fiscais de São Paulo, por exemplo, libertaram 827 trabalhadores brasileiros e estrangeiros nessas condições em todas as áreas: agricultura, têxtil, construção. E 80% deles foram contratados como terceirizados.

Paulo Paim (PT-RS), que é relator do PLC 30 na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado e presidiu a audiência pública, ressaltou que somente emendar ou substituir o projeto não resolve, pois ele voltará à Câmara.

“A nossa intenção é derrubar (o PLC 30). Só fazer um substitutivo não adianta. É preciso partir de um novo projeto, que será construído por essa cruzada pelos direitos dos trabalhadores”, afirmou.

Mais cedo, em entrevista coletiva, Paim afirmou que somente com muita “pressão e bateção de tambor” da população, será possível impedir a aprovação do PLC 30. “Se o rufar dos tambores acontecer, o Congresso recua. A continuar essa pressão, que os movimentos sociais estão fazendo corretamente, nós derrubamos o projeto”, disse.
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O representante da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, ressaltou que o projeto, embora venda a ideia de que a terceirização melhora as condições e aumenta postos de trabalho, apenas precarizara as relações entre trabalhador e empresa. “As vagas existentes vão migrar dos locais atuais para as terceirizadas. As empresas tomadoras ficarão isentas de cumprir normas e direitos. Apenas isso. Não vai melhorar em nada.”

Apesar da preocupação quanto à proposta, a secretária de Comunicação da CUT, Graça Costa, vê o envolvimento das centrais em atividades e discussões conjuntas como um marco da luta dos trabalhadores: “O momento é especial para a história da classe trabalhadora porque há um ataque muito forte, mas também há a oportunidade única de juntar todas as centrais e outras entidades para fazer um enfrentamento ao golpe que está em curso contra os trabalhadores do Brasil”.

Utilizando exemplos de sua categoria, a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Juvandia Moreira, apontou os danos que a terceirização pode provocar. O Brasil já teve um milhão de bancários contratados diretos. Hoje tem 500 mil diretos e 800 mil terceirizados. “Com a terceirização todo mundo perde. Os trabalhadores, a Previdência, o FGTS. Nos trabalhamos no setor que mais lucra e um dos que mais tem terceirização. Não vai gerar emprego, mas sim lucro. Os bancários contratados têm carga horária de 30 horas, mas os terceirizados trabalham 44 horas”, destacou.

Para o vice-presidente da CTB em São Paulo, Pedro Mesquita, a terceirização não afeta só salario, mas principalmente a organização dos trabalhadores. “Imagine uma fábrica de automóveis, que tenha cinco mil trabalhadores. Quantas empresas vão ser contratadas para fornecer essa mão de obra? Como vamos garantir os direitos destes empregados, se a organização sindical será totalmente fragmentada?”, questionou.

Os deputados federais Paulo Teixeira (PT) e Ivan Valente (Psol), ambos de São Paulo, lembraram que a pressão quase reverteu a votação na Câmara, no segundo pleito. “Na primeira votação a diferença foi imensa, mas na segunda perdemos por 20 votos”, disse Teixeira. “O Congresso tem ampla maioria patronal. Temos de mobilizar fábricas, escolas e as ruas para impedir esse desastre. E é preciso o compromisso do veto presidencial de qualquer maneira a essa proposta”, defendeu Valente.

Outra proposta é a divulgação das posições dos parlamentares para que toda a população saiba quem votou contra os direitos dos trabalhadores trabalhadores. “Esse não é um projeto de modernidade, como dizem. É um projeto de exploração, de escravidão. E a população precisa saber como cada um se posicionou sobre isso”, afirmou o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio.



Fonte: REDE BRASIL ATUAL   29 de junho 2015   14h53m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   29.06.2015  15h13m

JANIO DE FREITAS: “HIPOCRISIA. NOS ÚLTIMOS 60 ANOS TODOS OS PRESIDENTES TIVERAM RELAÇÕES COM EMPREITEIRAS”

por Janio de Freitas, na Folha


Como inquérito “sob segredo de Justiça”, a Operação Lava Jato lembra melhor uma agência de propaganda. Ou, em tempos da pedante expressão “crise hídrica”, traz a memória saudosa de uma adutora sem seca.
Em princípio, os vazamentos seriam uma transgressão favorável à opinião pública ansiosa por um sistema policial/judicial sem as impunidades tradicionais. Mas, com o jorro contínuo dos tais vazamentos, nos desvãos do sensacionalismo não cessam os indícios que fazem a “nova Justiça” –a dos juízes e procuradores/promotores da nova geração– um perigo equivalente à velha Justiça acusada de discriminação social e inoperância judicial.
É preciso estar muito entregue ao sentimento de vingança para não perceber um certo sadismo na Lava Jato. O exemplo mais perceptível e menos importante: as prisões nas sextas-feiras, para um fim de semana apenas de expectativa penosa do preso ainda sem culpa comprovada. Depois, a distribuição de insinuações e informações a partir de mera menção por um dos inescrupulosos delatores, do tipo “Fulano recebeu dinheiro da Odebrecht”. Era dinheiro lícito ou provou-se ser ilícito? É certo que o recebedor sabia da origem, no caso de ilícita?
A hipocrisia domina. São milhares os políticos que receberam doações de empreiteiras e bancos desde que, por conveniência dos candidatos e artimanha dos doadores, esse dinheiro pôde se mover, nas eleições, sob o nome de empresas. Nos últimos 60 anos, todos os presidentes tiveram relações próximas com empreiteiros. Alguns destes foram comensais da residência presidencial em diferentes mandatos. Os mesmos e outros viajaram para participar, convidados, de homenagens arranjadas no exterior para presidente brasileiro. Banqueiros e empreiteiros doaram para os institutos de ex-presidentes. Houve mesmo jantares de arrecadação no Alvorada e pagos pelos cofres públicos. Ninguém na Lava Jato sabe disso?
Mas a imprensa é que faz o sensacionalismo. É. Com o vazamento deformado e o incentivo deformante vindos da Lava Jato.
A partir de Juscelino, e incluídos todos os generais-presidentes, só de Itamar Franco e Jânio Quadros nunca se soube que tivessem relações próximas com empreiteiros e banqueiros. A íntima amizade de José Sarney foi mal e muito comentada, sem que ficasse evidenciada, porém, mais do que a relação pessoal. Benefícios recebidos, sob a forma de trabalhos feitos pela Andrade Gutierrez, foram para outros.
Ocorre mesmo, com os vazamentos deformantes, o deslocamento da suspeita. Não importa, no caso, o sentido com que o presidente da Odebrecht usou a palavra “destruir”, referindo-se a um e-mail, em anotação lida e divulgada pela Lava Jato. O episódio foi descrito como um bilhete que Marcelo Odebrecht escreveu com instruções para o seu advogado, e cuja entrega “pediu a um policial” que, no entanto, ao ver a palavra “destruir”, levou o bilhete ao grupo da Lava Jato.
Muito inteligível. Até que alguém, talvez meio distraído, ao contar o episódio acrescentasse que Marcelo, quando entregou o bilhete e fez o pedido ao policial, já estava fora da cela e a caminho de encontrar seu defensor.
Então por que pediria ao policial que entregasse o bilhete a quem ele mesmo ia encontrar logo?



Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO   28 de junho 2015   10h33m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   29.06.2015  09h54m
UTC DOOU MAIS A AÉCIO QUE A DILMA NA CAMPANHA DE 2014
"Levantamento feito pelo site Às Claras, ligado à ONG Transparência Brasil, mostra que a UTC doou R$ 8.722.566,00 para a campanha a presidente de Aécio Neves, no ano passado. O valor é R$ 1,22 milhão superior ao valor doado à campanha de Dilma Rousseff na mesma época", destaca Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania; ele diz "não entender" por que os grandes jornais destacaram como novas notícias que são, na verdade, "requentadas"; Guimarães coloca ainda a pergunta: "Diz o noticiário que Pessoa sentiu-se pressionado a doar a Dilma e ao PT porque tinha medo de que, se não doasse, o governo petista prejudicaria seus negócios. Por que Aécio, sem pressionar, recebeu mais do que Dilma?"

Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania




Quem lê os principais jornais dando conta de que a UTC doou 7,5 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff fica com a impressão de que há, aí, uma grande descoberta e que a presidente foi especialmente beneficiada por essa empresa. Nada mais falso.

Em primeiro lugar, se esses grandes veículos fizessem jornalismo deveriam esclarecer que essa empresa doou inclusive mais dinheiro à campanha de Aécio Neves no ano passado do que à de Dilma Rousseff.

Levantamento feito pelo site Às Claras, ligado à ONG Transparência Brasil, mostra que a UTC doou R$ 8.722.566,00 para a campanha a presidente de Aécio Neves, no ano passado. O valor é R$ 1,22 milhão superior ao valor doado à campanha de Dilma Rousseff na mesma época.

Diz o noticiário que Pessoa sentiu-se pressionado a doar a Dilma e ao PT porque tinha medo de que, se não doasse, o governo petista prejudicaria seus negócios. A pergunta que é obrigatório fazer, diante de tal acusação, é muito simples: por que Aécio, sem pressionar, recebeu mais do que Dilma?

Uma campanha recebeu 7,5 milhões de reais do empresário porque o intimidou e a outra – que, conforme a omissão do noticiário em citá-la, subentende-se que não intimidou – recebe 8,7 milhões de reais.

A primeira doação decorre de chantagem e a segunda de "amor" ao candidato?
Ora, façam-me o favor...

Mas o pior não é isso. Uma simples busca na internet revela que essa celeuma que dominou a grande mídia a partir da última sexta-feira (26) por conta das "novas" revelações de Ricardo Pessoa, da UTC, não tem a menor justificativa porque é matéria requentada.

Os três maiores jornais do país (Folha, Globo e Estadão) publicaram, neste sábado (27/06), praticamente a mesma matéria sobre o tema, inclusive com manchetes praticamente idênticas. Desse modo, tomemos como exemplo a matéria da Folha, que afirma que "Revelações de empreiteiro ampliam pressão sobre o PT".

O que você, atento leitor, entende dessa matéria e, sobretudo, da manchete que a intitula é que surgiu alguma novidade que "ampliou" a "pressão" sobre "o PT". Ou seja, o que se subentende da manchete é que alguma coisa nova veio à tona.
Pois bem. Vejamos, então, matéria da mesma Folha de São Paulo publicada 49 dias antes, de autoria da mesma Estelita Hass Carazzai que assina a matéria publicada pelo jornal neste sábado.

Alguém, por favor, ajude este desorientado blogueiro: o que é, diabos, que há de novo nas notícias recém-publicadas sobre as denúncias do empreiteiro Ricardo Pessoa? O que é que ele acrescentou ao que já havia dito que justifique que a mídia e a oposição façam esse estardalhaço e digam que, à luz das "novas" revelações, há que tirar o mandato de Dilma Rousseff?

O que esse estardalhaço todo significa é, no fim das contas, um imenso desrespeito pela opinião pública, obviamente vista pela mídia e pela oposição como desmemoriada, idiotizada, incapaz de juntar fatos escandalosamente óbvios e deles tirar uma simples conclusão.

Infelizmente, pensando bem, tanto a mídia quanto a oposição têm boas doses de razão para enxergar assim a sociedade brasileira, ou ao menos sua maioria esmagadora.




Fonte: BRASIL 247   27 de junho 2015   14h07m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   29.06.2015  09h39m

sexta-feira, 26 de junho de 2015

RÉUS DA JUSTIÇA

SEIS EXECUTIVOS SE TORNAM RÉUS NO PROCESSO DO CARTEL DO METRÔ DE SP

Justiça do estado analisa irregularidades que teriam ocorrido durante o governo de José Serra (PSDB)



Seis executivos de empresas envolvidas no cartel do metrô de São Paulo se tornaram réus na Justiça do estado. São eles Telmo Giolito Porto, da empresa Tejofran; Adagir Abreu, da empresa MPE; Cesar Ponce de Leon, da empresa Alstom,  além de três executivos da empresa Temoinsa: Wilson Daré, Maurício Memória e David Lopes.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MP-SP), em maio deste ano, argumenta que o crime de cartel ocorreu durante a reforma das Linhas 1 (Azul) e 3 (Verde) do Metrô de São Paulo e a modernização de 98 trens dessas linhas. As práticas anticoncorrenciais nos procedimentos licitatórios ocorreram no governo de José Serra (PSDB), entre 2008 e 2009.
Segundo a denúncia, as empresas fizeram acerto para evitar a concorrência na licitação por meio de consórcios, sempre com divisões pré-determinadas dos objetos dos contratos. O valor total dos contratos, nesse período de dois anos chegou a R$ 1,75 bilhão.
O MP pediu a prisão preventiva de César Ponce de Leon, negada pela Justiça. O requerimento do MP solicitava comunicação à Polícia Federal e à Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal. Segundo a promotoria de Justiça, o executivo é estrangeiro e não foi localizado para ser ouvido nas investigações uma vez que moraria no exterior. Por estar fora do país, César poderia escapar de responder ao processo criminal.
“O fato de ser o réu estrangeiro e morar no exterior, por si só, não traz a presunção absoluta de que pretenda frustrar a aplicação da lei penal ou atrapalhar o trâmite processual através de eventual fuga”, diz a decisão da juíza Cynthia Maria Sabino.
O MP-SP chegou a denunciar à Justiça, no mês passado, 11 executivos de empresas do setor ferroviário e um funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por formação de cartel em contratos firmados em 2007 e 2008. As empresas teriam dividido entre si três contratos administrativos, combinando as propostas a serem apresentadas nas licitações.
Em nota, o grupo Tejofran informou que jamais participou de qualquer tipo de cartel e que defende a lisura da atuação de seus funcionários, que seguem rigorosos mecanismos de controle. “[O grupo] esclarece ainda que, em relação aos contratos citados, tentou participar de três processos mas foi desqualificado de todos eles, mesmo recorrendo nas esferas administrativa e judicial. Obteve contrato somente do edital que foi desmembrado pelo Metrô. Mensagens citadas no inquérito tratam de tentativas da formação de um consórcio que nem mesmo se efetivou. A empresa coloca toda sua contabilidade à disposição da Justiça, o que permitirá comprovar que não houve sobrepreço”, diz a nota.
A Alstom disse apenas que “respeita as leis brasileiras e as regras dos editais das licitações de que participa”. A Agência Brasil não conseguiu contato com as empresas MPE e Temoinsa.




Fonte: REDE BRASIL ATUAL   25 de junho 2015   17h05m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   26.06.2015  08h12m
AÉCIO E ANASTASIA DEIXARAM DE INVESTIR R$ 14 BI EM SAÚDE EM MG
O Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixou a obrigatoriedade de aplicação do percentual mínimo de 12% do orçamento em ações e serviços de saúde pública, como atendimentos de urgência e emergência, investimentos em equipamentos e obras nas unidades de saúde, acesso a medicamentos e implantação de leitos; de acordo com a ação, o governo estadual, por 10 anos, entre 2003 e 2012 - quando o Estado foi administrado por Aécio Neves e Antonio Anastasia (ambos do PSDB) -, descumpriu sistematicamente preceitos legais e constitucionais, "em total e absurda indiferença ao Estado de Direito", efetuando manobras contábeis para aparentar o cumprimento da EC 29




O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixou a obrigatoriedade de aplicação do percentual mínimo de 12% do orçamento em ações e serviços de saúde pública, como atendimentos de urgência e emergência, investimentos em equipamentos e obras nas unidades de saúde, acesso a medicamentos e implantação de leitos.
De acordo com a ação, o governo estadual, por 10 anos, entre 2003 e 2012, descumpriu sistematicamente preceitos legais e constitucionais, "em total e absurda indiferença ao Estado de Direito", efetuando manobras contábeis para aparentar o cumprimento da EC 29.
Na prática, "R$ 9.571.062.581,53 (nove bilhões, quinhentos e setenta e um milhões, sessenta e dois mil reais e cinquenta e três centavos) deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Estado de Minas Gerais", quantia que, em valores atualizados, "corresponde a um desfalque de R$ 14.226.267.397,38".
O resultado desse descaso, prossegue a ação, revela-se com as "filas extenuantes, a falta de leitos nos hospitais, a demora que chega a semanas e até meses para que o cidadão se entreviste com um médico, a demora na marcação e na realização de exames clínico-laboratoriais, as mortes nas filas dos nosocômios, as doenças endêmicas que vez por outra castigam a população (como foi o caso recente da dengue), a falta de remédios a serem distribuídos à população, etc.".
Para os procuradores da República, não é sem razão que após tantos anos investindo no SUS bem abaixo do mínimo constitucional, “o serviço público de Saúde, embora considerado o mais importante pela população, alcançou, em 2009 e 2010, os piores índices de satisfação” dentre os serviços públicos prestados pelo Estado de Minas Gerais, conforme relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas do governador do Estado no Exercício 2011.
Manobras para inflar dados - Por 10 anos, o governo estadual incluiu gastos estranhos à saúde para simular o cumprimento da obrigação de investir o mínimo constitucional.
No caso dos estados, os 12% são compostos por recursos públicos oriundos de transferências da União via Fundo de Participação do Estado (FPE) e de arrecadações de impostos estaduais (ITCD, ICMS e IPVA). Esses recursos entram no caixa do Estado a título de orçamento vinculado, ou seja, devem ser obrigatoriamente aplicados na Saúde Pública.
A legislação, inclusive, dispõe, de forma explícita, para não restar dúvidas ao governante, que os recursos vinculados ao cumprimento do mínimo constitucional em saúde devem ser investidos em ações e serviços "que sejam de responsabilidade específica do setor de saúde, não se confundindo com despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicas, ainda que com reflexos sobre as condições de saúde", como o saneamento básico, por exemplo.
No entanto, para os governos que administraram o estado naquele período, entraram como se fossem gastos com saúde pública até "despesas com animais e vegetais", já que verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) foram computadas como gastos com saúde.
Interessante é que, antes de 2003, tais despesas eram incluídas na função adequada (no caso do Ima, função 20-Agricultura; no caso da Feam, função 18-Gestão Ambiental), mas passaram a ser contabilizadas como saúde a partir daquele ano para fugir ao cumprimento do mínimo constitucional.
E a mesma manobra foi feita em diversas outras áreas, incluindo repasses a entidades assistenciais, como a Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa Deficiente, além do pagamento de benefícios previdenciários a servidores ativos e inativos do estado, o que é expressamente vedado pela Lei Complementar 141/2012.
Nesse ponto, o MPF lembra que a LC 141 foi editada com o propósito de regulamentar a EC 29, mas, na prática, apenas reforçou todo o arcabouço legislativo já existente, inclusive repetindo o texto de normas de natureza infralegal, como a Resolução nº 322/2003, do Conselho Nacional de Saúde, que elenca expressamente as inclusões proibidas.
Uma dessas vedações diz respeito à inclusão de verbas destinadas ao pagamento de aposentados e pensionistas, principalmente porque se trata de beneficiar uma clientela fechada, contrariando o princípio da universalidade e gratuidade do SUS. Conforme destacou a Comissão Técnica do TCE-MG ao rechaçar a aplicação, as ações e serviços de saúde prestados por entidades como, por exemplo, o IPSEMG, IPSM e Hospital Militar, são de "acesso restrito aos servidores e a seus dependentes e inclusive por eles custeadas", não sendo, portanto, nem "gratuito nem universal, uma vez que só podem usufruir da assistência prestada por esses Institutos aqueles que contribuem diretamente, quer sejam segurados da ativa, inativos, pensionistas ou seus dependentes, não sendo permitido aos cidadãos em geral utilizar-se da referida assistência".
Chama ainda atenção o fato de que as receitas que custeiam tais serviços originam-se de fontes próprias - do próprio servidor, que contribui com 3,2% da sua remuneração frente aos 1,6% do Estado, no caso do IPSEMG e IPSM -, ou do pagamento de taxas arrecadadas pela atividade policial.
Ou seja, para alegar o cumprimento da EC 29, os governos estaduais, de 2003 a 2012, consideraram não apenas a receita vinculável (FPE + impostos), "mas também despesas que foram suportadas por recursos diretamente arrecadados, ou seja, que sequer representaram efetivos gastos para o Estado, não consistindo em investimentos reais deste. Assim, conseguiu que um maior valor do próprio orçamento fiscal ficasse livre para outros gastos que não em saúde".
Para o MPF, "Valer-se destes valores pagos pelos usuários ou oriundos de terceiros, computando-os na soma de investimentos públicos estaduais como se fossem a mesma coisa, é uma inegável artimanha para inflar números e distorcer a realidade".
"Para além disso, o Governo de Minas Gerais chegou ao absurdo de incluir como se fossem aplicações em ASPS serviços veterinários prestados ao canil da 2ª CIA, reforma da maternidade da 4ª CIA Canil do BPE, serviços de atendimento veterinário para cães e semoventes, aquisição de medicamentos para uso veterinário, aquisição de vacinas para o plantel de semoventes", relata a ação.
Copasa - Mas os valores de maior vulto, indevidamente incluídos para simular a aplicação do mínimo constitucional, foram direcionados à Copasa, uma sociedade de economia mista que presta serviços de água e esgoto mediante a cobrança de tarifas aos consumidores mineiros. Embora o Estado detenha o controle acionário da empresa, 41,59% de seu capital pertence a outros acionistas, entre eles bancos estrangeiros.
Pois os governos estaduais contabilizaram os gastos feitos pela Copasa com saneamento básico - que, segundo a própria empresa, foram despesas pagas majoritariamente com recursos oriundos de tarifas pagas pelos consumidores, além de recursos oriundos do lançamento de ações na bolsa de valores e de contratos de financiamento - como despesas com o SUS no cumprimento do mínimo constitucional.
Lembrando que também neste caso, até 2002, os investimentos em saneamento básico eram agregados na função 17-Saneamento, o MPF destaca que serviços pagos pelo consumidor vão de encontro à natureza dos serviços públicos de saúde, que devem ser obrigatoriamente gratuitos.
Além disso, a Copasa sequer integra o orçamento fiscal do estado, pois se trata de uma pessoa jurídica de direito privado, não estando integrada, portanto, ao SIAFI, para controle da regularidade no uso de recursos públicos. "Não é sem motivo, portanto, que no decorrer de todos os anos de práticas irregulares, a CAEO [Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária do Estado] ressaltou a má-fé do governo ao misturar a COPASA com as reais despesas do Estado em saúde, para fins de tentar parecer cumprido o mínimo garantido pela Constituição", afirma a ação.
Para se ter ideia do prejuízo ao SUS causado pela inclusão indevida da Copasa no quadro geral de valores que o governo estadual alegava ter investido em saúde, basta ver que esses recursos já chegaram a representar até 37,18% do total, como ocorreu em 2006.
Por sinal, naquele ano, "apenas 43,57% da quantia que o Estado afirmava ter investido em saúde realmente reverteu em benefício de ações universais e do SUS. Mais da metade, na verdade, dizia respeito a saneamento básico, previdência social, serviços prestados a clientela fechada e verbas diretamente arrecadadas que sequer provinham do orçamento fiscal estadual, as quais jamais poderiam ter sido incluídas no cálculo do piso constitucional em saúde".
"Ver-se diante da crua realidade de nossos hospitais não deixa ignorar que, caso os bilhões de reais que deixaram de ser investidos no SUS em virtude de distorções nos cálculos do Governo de Minas tivessem sido direcionados corretamente, o cenário poderia ser diferente", afirmam os procuradores da República.
Pedidos - A ação pede que a Justiça Federal determine à União condicionar o repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados ao efetivo cumprimento da EC 29 pelo Estado de Minas Gerais, com a aplicação, nos próximos anos, dos 14 bilhões que deixaram de ser investidos entre 2003 e 2012. Ou seja, além do valor que o Estado deverá investir normalmente, o governo ainda terá de acrescer parcelas que resgatem a quantia não aplicada nos anos anteriores.
Para isso, o Estado deverá apresentar, no prazo máximo de seis meses, estudos técnicos contábeis e econômicos que demonstrem o valor percentual necessário e possível a ser acrescido à percentagem relativa ao mínimo constitucional (EC nº 29/00) em cada um dos próximos anos, até que seja sanada sua dívida.
Pede-se ainda a criação, ainda para este ano de 2015, de conta corrente específica para receber os recursos vinculados ao cumprimento do mínimo constitucional.


Fonte: BRASIL 247   25 de junho 2015   21h16m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   26.06.2015  07h56m

quinta-feira, 25 de junho de 2015

QUANDO OS EVANGÉLICOS VÃO MOSTRAR QUE PASTORES PILANTRAS NÃO FALAM POR ELES? POR KIKO NOGUEIRA


A cada vez que — na definição de Ricardo Boechat — pilantras como Silas Malafaia, Marco Feliciano ou Magno Malta proferem suas imbecilidades, alguns evangélicos correm a dizer que eles não os representam.
Se isso é verdade, e é de se supor que seja, por que essas vozes discordantes não estão fazendo mais barulho? Onde a condenação veemente dessa pregação intolerante, histérica, ignorante, homofóbica, obscurantista?
Outros líderes precisam iniciar um diálogo com os brasileiros que seja baseado em premissas diferentes, sob risco de virarem, graças ao ódio que jorra dos malafaias, o grupo mais odiado do Brasil.
No bairro da Penha, no Rio, uma menina de 11 anos levou uma pedrada na cabeça ao sair de uma festa do candomblé. Os homens carregavam bíblias na mão, segundo testemunhas.
A maior igreja pentecostal local se solidarizou com ela e a mãe. Mas é pouco. É necessário que pastores parem de clamar, no púlpito, que seguidores da umbanda ou do candomblé praticam feitiçaria. (Feliciano declarou, certa vez, que Caetano e Veloso e a Mãe Menininha do Gantois tinham “um pacto com o diabo”).
Os evangélicos sofrem hoje de uma crise de autoridade. Quem fala por eles, afinal?
Até quando a alegação de que “não é a religião, são apenas esses caras”? É razoável acreditar que a esmagadora maioria deles são pessoas normais, que não atacam crianças de outras fés, não acham que gays têm uma doença para ser curados. Mas onde eles estão?
Algo precisa mudar. É urgente opor-se publicamente aos fanáticos de ocasião. Há uma demanda para que crentes se mostrem aliados da decência humana, contra o que pregam os felicianos.
Quem, no meio evangélico, está desafiando esses doutrinadores? Eles precisam resgatar Jesus das mãos dessa canalha que grita cada vez mais e mais alto. Eles estão no Congresso, orando, afrontando o laicismo do estado com sua retórica de vergonha e desesperança. E aí?
É difícil se insurgir contra eles? Sim, mas começa com uma pessoa. Há uma fotografia tirada em Hamburgo, em 1936, que simboliza a força da resistência de um indivíduo.
Foi no porto, no lançamento de um navio de treinamento. No meio da multidão fazendo a saudação nazista, um homem está de braços cruzados. Mais tarde ele foi identificado como o operário August Landmesser.
Um único sujeito pode fazer a diferença. Depois vêm outros. Não é o caso, eventualmente, de atirar um ovo no púlpito ou cruzar os braços. Um bom começo é acertar onde mais dói nesses fundamentalistas: não dar dinheiro.
                                                                                               

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO   24 de junho 2015  
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   25.06.2015  17h06m
CÂMARA APROVA REGRA SOBRE REAJUSTE DE SALÁRIO MÍNIMO QUE INCLUI APOSENTADOS



O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (24) a Medida Provisória 672/15, que mantém as atuais regras de reajuste do salário mínimo para o período de 2016 a 2019. O reajuste é calculado pela soma da variação da inflação (INPC) e do Produto Interno Bruto (PIB). A matéria, aprovada por 287 votos a 12, será votada ainda pelo Senado.

A novidade em relação ao texto original é a extensão dos reajustes aos benefícios de valor superior a um salário mínimo pagos pela Previdência Social (aposentadorias e pensões).
A regra foi aprovada por 206 votos a 179, por meio de uma emenda do deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), apresentada em Plenário e resultante da fusão de emendas dos deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE).

A matéria havia chegado à Câmara sem mudanças, pois o parecer do senador João Alberto Souza (PMDB-MA) rejeitou todas as 114 emendas apresentadas.
O salário mínimo é usado como referência para os benefícios assistenciais e previdenciários, como o abono salarial, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo, os gastos previdenciários e assistenciais sobem R$ 293,6 milhões.
Das 114 emendas sugeridas por parlamentares, 33 pediam que o mesmo reajuste do mínimo fosse concedido a todos os benefícios previdenciários pagos pelo INSS, inclusive aqueles acima do valor do mínimo. Outras 17 propunham alterar a regra de correção para conceder aumentos maiores ao piso salarial nacional.

Regras
O reajuste anual será baseado na variação do INPC acumulado no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB apurada dois anos antes.
Dessa forma, para 2016, 2017, 2018 e 2019, serão acrescidos ao INPC do ano anterior as taxas de crescimento real do PIB de 2014, 2015, 2016 e 2017, respectivamente. Os índices de aumento serão publicados por decreto do Executivo anualmente.
Essas são exatamente as mesmas regras da política de valorização do salário mínimo estabelecida pela Lei 12.382/11 para o período 2012 a 2015 e segue sistemática inaugurada em 2007. O salário mínimo atual é de R$ 788.


CONTINUA:


ÍNTEGRA DA PROPOSTA:




Fonte: CÂMARA NOTÍCIAS   24 de junho 2015   22h30m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   25.06.2015  15h43m