ASSIM NASCEU O SINPROCAPE

ASSIM NASCEU O SINPROCAPE - Em 06 de Março de 1987 foi fundada na cidade de Caruaru-PE, através do Propagandista Vendedor Sr. Pedro Tiago de Moura, a Associação dos Vendedores e Viajantes Propagandistas de Caruaru, neste mesmo ano, foi realizada uma consulta na Delegacia do Trabalho, tendo a frente o delegado Sr. Gentil Miranda, de como proceder para transformar a mesma em Sindicato, após várias consultas e procedimentos, no dia 02 de Abril de 1989 foi fundado o SINPROCAPE que nos dias atuais dispõem de sede própria na Rua Benjamin Larena, 169 – Bairro Divinópolis-Caruaru, Pernambuco, e assim continuamos trabalhando em prol de nossa categoria como nosso lema propõe : “UNIÃO E COMPROMISSO” .

sexta-feira, 31 de março de 2017

SINPROCAPE FECHA ACORDO COLETIVO COM SINDUSFARMA



Foram realizadas nos dias 23 e 24 de março, na sede do SINDUSFARMA em São Paulo,  reuniões com a classe patronal para negociação do acordo coletivo 2017/2018, estiveram presentes representando o SINPROCAPE os companheiros Augusto de Carvalho Portela Neto e Ricardo Bezerra dos Santos, presidente  e vice –presidente, respectivamente.

Na oportunidade foram discutidos assuntos de relevância para a categoria, dentre eles a situação discriminatória e de perseguição a diretores de sindicatos em todo o Brasil, e em especial a estabilidade dos conselheiros fiscais, que são cargos de extrema importância para todos os sindicatos e que não estão tendo os seus direitos preservados.

O SINPROCAPE alertou para os recorrentes abusos contra esses sindicalistas, cuja estabilidade é ameaçada ao arrepio da lei.

Outros assuntos ocuparam a pauta, como o aumento do teto do PL e a participação de um representante da região Nordeste na futura mesa de negociação criada no acordo coletivo.

Registramos ainda a presença de companheiros presidentes de outros sindicatos do Nordeste, Marcelo Pereira do SINVEPRO do Recife, PE; Rivaldo Cavalcanti Beltrão do SINDIPROVENDAS de João Pessoa, PB; José Raimundo Mariah Dias do SINDVEN de Itabuna, BA e Marcelo Reis do SINDIPROBA de Salvador, BA.
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Blog do SINPROCAPE   31.03.2017  16h12m
31 DE MARÇO: CONFIRA OS LOCAIS DE MANIFESTAÇÕES PELO BRASIL
Os protestos contra as reformas previdenciária e trabalhista de Michel Temer nesta sexta-feira, 31 de março, começam a incorporar o mote de que o Brasil vai parar em abril. Essa é a palavra de ordem das centrais de trabalhadores, que anunciaram a greve geral para o dia 28 de abril contra as reformas de Temer. Nesta sexta, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo dão a largada na agenda da paralisação nacional em abril





Na agenda dos movimentos sociais e sindicais estão a luta contra as reformas previdenciária e trabalhista e mais o recém-aprovado Projeto de Lei 4302 que libera a terceirização e anula a legislação trabalhista. 

Michel Temer pressiona os deputados federais a acelerarem a tramitação das reformas mas também vem acumulando alguns revezes.

No dia 22 de março, o governo viu ser aprovado PL 4302, antiga reivindicação do empresariado, porém o placar apertado deixou o governo em alerta. 

esta quarta-feira, nova derrota dos governistas, que não conseguiram 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 395/14 que liberaria a cobrança de mensalidades na pós-graduação, entre outros cursos do ensino universitário.

Análise de sindicalistas e ativistas sociais aponta que o impacto das manifestações de rua tem colocado pressão sobre os deputados, que não querem ser responsabilizados pela aprovação de temas como o fim da aposentadoria.

Confira o local e o evento no facebook da manifestação na sua cidade:

ALAGOAS
Maceió, as 9h
na praça Deodoro

AMAPÁ

Macapá
às 16h
na praça Veiga Cabral

BAHIA
Salvador
às 7h - Manifestação frente ao Iguatemi
às 9h - passeata saindo do campo da Pólvora 

CEARÁ 
Fortaleza, 15h
Praça da Bandeira

Crato
8h
Posto fiscal Batateiras

DISTRITO FEDERAL 
Brasília, 16h
Rodoviária de Brasília

GOIÁS
Goiânia, 9h
Assembleia Legislativa de Goiás

MINAS GERAIS
Belo Horizonte, 17h
Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Juiz de Fora, 16h
Praça da Estação

Ouro Preto, 16h
Praça Tiradentes

PARÁ 
Belém, 8h30
Mercado de São Brás

Marabá, às 17h
Em frente a Unifesspa - Campus 1

PARAÍBA
João Pessoa, 15h
Lyceu Paraibano

PARANÁ 
Curitiba, às 18h
Praça Carlos Gomes

Maringá, às 18h
No Terminal Urbano de Maringá

Londrina, às 16h30
Calçadão de Londrina

PERNAMBUCO
Caruaru, às 8h
Grande Hotel Caruaru

Recife, às 16h
praça do Diário - Centro

RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, às 17h
Igreja de Nossa Senhora da Candelária

Nova Friburgo, às 17h
Praça Demerval Barbosa

RIO GRANDE DO NORTE 
Natal, às 15h
Shopping Midway

RIO GRANDE DO SUL 
Porto Alegre, às 18h
Esquina Democrática

Pelotas, às 17h
Mercado Público de Pelotas

RORAIMA 
Boa Vista, às 16h30
Praça Centro Cívico

SANTA CATARINA
Florianópolis, às 17h
Centro Largo da Alfândega

SANTA CATARINA
Joinville, às 9h
Praça da Bandeira

SÃO PAULO
São Paulo, às 16h
Masp, Avenida Paulista

TOCANTINS
Palmas, às 16h
Feira da 304 SUL



Fonte: PORTAL VERMELHO   30 de março 2017    17h52m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   31.03.2017  09h14m 
O PIS É O PRÓXIMO A SE DESPEDIR




O próximo na fila do abate do governo de Michel Temer é o Programa de Integração Social, conhecido pelos trabalhadores como PIS. O anúncio foi feito pelo secretário de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.


O próximo na fila do abate do governo de Michel Temer é o Programa de Integração Social, conhecido pelos trabalhadores como PIS. O anúncio foi feito pelo secretário de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.
A reivindicação foi feita pelo empresariado durante a última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, eles pressionaram o governo para que apresente uma proposta de reforma tributária em que o recolhimento do PIS estaria incluído.
O PIS foi instituído com o objetivo de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Na prática, ele financia o Abono Salarial e o Seguro Desemprego e é gerido pela Caixa Econômica Federal.
Ainda não se sabe quais serão as mudanças no PIS, mas se seguir o modus operandi de Temer, será no sentido de beneficiar os empresários e retirar mais direitos dos trabalhadores pobres do país.


Fonte: ALERTA SOCIAL   23 de março 2017    
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   31.03.2017  09h02m 

terça-feira, 28 de março de 2017

VANESSA DESTACA NECESSIDADE DE VETAR A TERCEIRIZAÇÃO


A senadora Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM) alertou, em coluna publicada nesta terça-feira, para os retrocessos aos direitos dos trabalhadores trazidos por Michel Temer e seus aliados com a lei da terceirização irrestrita:  "Dentro dessa cruzada antitrabalhador acaba de aprovar, na Câmara dos Deputados, o projeto da terceirização e do trabalho temporário —base do texto enviado por Fernando Henrique Cardoso em 1998—, que amplia de três para nove meses o contrato temporário, cuja gravidade e cujo impacto negativo no mercado de trabalho têm sido pouco analisados. Na prática eliminam o emprego formal de milhares de trabalhadores", diz a senadora, que destaca a necessidade de vetar esta mudança


Confira abaixo a íntegra do texto:



Fonte: BRASIL 247   28 de março 2017    06h04m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   28.03.2017  11h48m 

sexta-feira, 24 de março de 2017

CONFIRA COMO VOTOU OS DEPUTADOS PERNAMBUCANOS NO PROJETO DA TERCEIRIZAÇÃO



Pernambuco tem 25 deputados na Câmara Federal, destes, doze  votaram a favor ao projeto de lei 4302/98, que permite às empresas a terceirização de todas suas atividades.
No total, 231 parlamentares votaram a favor e outros 188 foram contra a proposta.
Oito deputados foram contrários a PL 4302/98, e os outros cinco não votaram.
Tido como uma das prioridades do governo Michel Temer (PMDB), o projeto foi modificado e confirmado com a aprovação do relatório do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que apresentou parecer favorável ao projeto.

Veja como votaram os pernambucanos

Votaram pelo SIM:

André de Paula (PSD)
Augusto Coutinho (SD)
Carlos Eduardo Cadoca (PDT)
Eduardo da Fonte (PP)
Fernando Monteiro (PP)
Guilherme Coelho (PSDB)
Jarbas Vasconcelos (PMDB)
Jorge Côrte Real (PTB)
Marinaldo Rosendo (PSB)
Pastor Eurico (PHS)
Ricardo Teobaldo (PTN)
Zeca Cavalcanti (PTB)


Votaram pelo NÃO:

Betinho Gomes (PSDB)
Creuza Pereira (PSB)
Daniel Coelho (PSDB)
Danilo Cabral (PSB)
Luciana Santos (PCdoB)
Severino Ninho (PSB)
Silvio Costa (PTdoB)
Wolney Queiroz (PDT)


Não votaram:

Adalberto Cavalcanti (PTB)
Gonzaga Patriota (PSB)
Kaio Maniçoba (PMDB)
João Fernando Coutinho (PSB)
Tadeu Alencar (PSB)



Blog do SINPROCAPE   24.03.2017  16h05m 
DESVENDANDO AS MENTIRAS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA IMPEDI-LA
"Estamos diante de uma das maiores crueldades que se ousou perpetrar contra o nosso povo", diz o senador Roberto Requião (PMDB-PR) sobre a proposta de reforma da Previdência de Michel Temer; "Não basta que sejamos um dos países líderes da desigualdade social, o que mais cava fundo e instransponível o fosso entre os que mais têm e os que nada têm? Não basta que tenhamos sido o último país a, pelo menos formalmente, acabar com a escravidão, o que, até hoje, produz sequelas gravíssimas? Não basta? Querem mais ainda? Querem agora eliminar uma das poucas possiblidades de os brasileiros terem um mínimo de dignidade e de proteção na velhice?", questiona


Por Roberto Requião 
Senador (PMDB-PR) e ex-governador do Paraná



Depois de ler e reler as propostas de reforma da Previdência do Governo, depois de ouvir desde os meus conterrâneos lá nos fundões do Paraná até qualificados especialistas no assunto, concluo: estamos diante de um dos maiores embustes da história brasileira. Mais que isso, estamos diante de uma das maiores crueldades que se ousou perpetrar contra o nosso povo.
Talvez ela seja comparável com a monstruosa emenda constitucional que pretendeu congelar por 20 anos os gastos públicos no país.
Com uma diferença: como suponho que o país não enlouqueceu completamente, o congelamento dos gastos será revogado no devido tempo.
Mas a pretendida reforma previdenciária preocupa. Ela, caso aprovada, será mais difícil de ser cancelada.
É que a PEC da Morte, como ficou conhecida, fere não apenas os interesses gerais da sociedade, mas também grupos de interesse que giram em torno do Estado. Já a Previdência é uma instituição do povo e para o povo, embora dela se beneficiem também alguns grupos corporativos.
O grande capital, os grupos financeiros, os especuladores jamais lutarão por uma Previdência Social decente e justa no Brasil.
Ao contrário, eles estão por trás das grandes pressões em favor da reforma apresentada por Henrique Meireles e Michel Temer.
Não vou me ater a todos os aspectos particulares da reforma proposta. Já são suficientemente conhecidos deste plenário e da própria população.
Aliás, várias entidades da sociedade civil apresentaram estudos examinando-a em profundidade, mostrando de forma definitiva, cabal a sua impropriedade.
Destaco, no entanto, entre os itens mais malignos, facinorosos, a mudança nas regras de aposentadoria.
Querem agora exigir um mínimo de 65 anos de idade e contribuição de 25 anos para aquisição desse direito, que sequer é uma aposentadoria integral, mas apenas 50% de uma média.
Não, não vou me ater a detalhes. Vou procurar mostrar a natureza das forças fundamentais que estão por trás do projeto.
Em uma palavra, o que se pretende, com a iniciativa Meirelles/Temer, é abastardar a Previdência contributiva pública – a Previdência financiada pelos trabalhadores e pelos patrões - a fim de piorá-la, degenerá-la para abrir espaço para a previdência privada, financiada apenas pelos trabalhadores.
Com isso, milhões de brasileiros serão expelidos de qualquer forma de proteção, pois perderão a Previdência pública e não terão como pagar a privada.
O mais grave é que toda a reforma está concebida, funda-se em uma falácia. A Previdência contributiva pública não tem déficit. Na verdade, ela faz parte do Sistema de Seguridade Social instituído pela Constituição de 88. As fontes de financiamento do sistema cobrem suas despesas, e a pequena parte que não é coberta o Governo Federal, por mandato constitucional, tem que cobrir.
Contudo, em lugar de cumprir esse mandato constitucional, o Governo, desde 1989, sequestra recursos da seguridade para pagar juros da dívida pública e cobrir os rombos do orçamento fiscal.
Comete-se, portanto um crime social em larga escala!
Até aqui, os programas de privatização dos sucessivos governos visavam a setores produtivos, com apenas algumas exceções.
Mas, agora se trata de privatizar um serviço social vital para o povo, abrindo espaço para áreas ainda mais sensíveis como o abastecimento de água.
Outras áreas de serviços, como aeroportos, também em processo de privatização, não afetam o consumidor em larga escala, exceto pelo alto custo das tarifas que lhes são impostas.
Evidencio um ponto adicional: a chamada transição etária. A justificação do Governo para a emenda é que a população brasileira está envelhecendo e a acumulação futura de aposentadorias pode comprometer o equilíbrio do fundo previdenciário.
Isso é, de novo, um grande embuste, uma fraude!
A expectativa de vida dos brasileiros é extremamente diferenciada por região – pode variar entre 53 e 78 anos -, e não faz sentido ter uma única referência de idade para todos.
O mais grave, contudo, é que o sistema atuarial no qual se baseou o Governo para fazer suas projeções previdenciárias de longo prazo – até 2060! – está fundado em estimativas absolutamente equivocadas!
Por que equivocadas?
Porque tais estimativas, essenciais para determinar o equilíbrio futuro do sistema, ancora-se em dados de 2002, de maneira determinista, mecânica. Ou seja, os resultados são tidos como certos, fatais. Entretanto, todas as estimativas feitas para a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, para cumprir determinação legal, desde 2002, revelaram-se erradas, de acordo com estudo coordenado pelos economistas Denise Gentil e Cláudio Puty.
Portanto, estamos diante de um projeto de emenda fundado em bases falseadas, mal formuladas, mal concebidas e profundamente prejudiciais para a sociedade brasileira.
Apenas a absoluta insensibilidade do Congresso e, particularmente deste Senado, resultaria em aprovação do monstrengo.
Como disse, só se compara a essa iniciativa a delituosa emenda 55, aqui desgraçadamente aprovada, embora a pretendida reforma da Previdência tenha um conteúdo de impiedade ainda maior, pois se abate sobre a parte mais vulnerável da população brasileira.
Conclamo às senhoras e senhores senadores a examinar essa questão não apenas com as mentes, mas também com o coração.
Afinal, é manter um mínimo de justiça social através do sistema de seguridade social brasileira.
Não basta que sejamos um dos países líderes da desigualdade social, o que mais cava fundo e instransponível o fosso entre os que mais têm e os que nada têm?
Não basta que tenhamos sido o último país a, pelo menos formalmente, acabar com a escravidão, o que, até hoje, produz sequelas gravíssimas?
Não basta? Querem mais ainda? Querem agora eliminar uma das poucas possiblidades de os brasileiros terem um mínimo de dignidade e de proteção na velhice?
Por favor, não me venham com o discurso falacioso do déficit ou aquela indecência de que é preciso reformar hoje para garantir o amanhã.
Por fim, insisto e reforço quatro pontos:
1º - Em 2015, 79% das pessoas que se aposentavam por idade não conseguiram contribuir por 25 anos. Sua média de contribuição era de sete meses em um ano.
Portanto, no regime proposto pelo Governo, para se aposentar teriam que continuar contribuindo muito além dos 65 anos. Não é apenas um equívoco. É uma crueldade.
2º- Chamo de novo a atenção das senhoras e dos senhores para esta informação: o sistema atuarial no qual o Governo se baseou para estimar a situação a longo prazo da Previdência (até 2060) é totalmente equivocado, para não dizer desonesto. As projeções são distorcidas, conforme demonstraram de forma irrespondível os pesquisadores Denise Gentil e Cláudio Puty, no documento "Plataforma Política Social", publicado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal e outras instituições.
Notem que na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO deve-se, todo o ano, fazer projeções sobre as perspectivas da Previdência.
Isso deveria considerar no mínimo três cenários possíveis, associado cada um a probabilidades, mas o Governo leva em consideração apenas um, como se fosse uma tendência única, e não apenas probabilística. Com isso, erros de estimativa comprovado de receita em determinados anos chegam a 35%, mesmo quando se usam apenas os próprios dados oficiais.
3º- Uma das principais razões pelas quais o Governo subestima exageradamente o déficit a longo pazo da Previdência é que ele usa, como base de suas projeções, a PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009.
Ora, sabemos que em 2008, como consequência da crise 
internacional, a economia e o emprego, base da Previdência, afundaram. A partir daí as estatísticas do IBGE superestimam a despesa e subestimam a receita. A única justificativa para isso é o propósito deliberado de dizer que a Previdência pública vai falir, a fim de preparar logo o espaço para a entrada no vácuo da previdência privada.
4º - Para justificar a reforma, o Governo estabeleceu comparações de expectativa de vida com outros países, notadamente com a OCDE.
Eis outra fonte de distorção e manipulação. Temos um país imenso, com grande diversidade de situações.
A expectativa de vida difere de lugar para lugar, não só entre regiões, mas até mesmo dentro de uma mesma cidade.
Em São Paulo, por exemplo, no Alto Pinheiros, a expectativa de vida é de 79,5 anos; no Grajaú, de 56. Não faz nenhum sentido basear a Previdência numa expectativa de vida média, pois isso seria uma tremenda discriminação contra os pobres, muitos dos quais não chegariam a aposentar-se porque morreriam antes da aposentadoria.
À guisa de conclusão, como se dizia antigamente, refiro-me à uma antiquíssima, cinco vezes centenária prática nacional de nossas classes mais abastadas e também das nem tanto endinheiradas: a sonegação.
Segundo estimativas consideradas bastante conservadoras, apenas meia centena de grandes empresas brasileiras devem cerca de 500 bilhões de reais à Previdência
Quinhentos bilhões!
Mas, como é tradição neste país que rico não paga imposto, pretendem escorchar, esfolar, esbulhar, saquear, roubar os trabalhadores e os idosos para suprir um fantasioso, mentiroso, fraudulento déficit da Previdência.
Não vamos permitir que aprovem esse aburdo!


Fonte: BRASIL 247   24 de março 2017    
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   24.03.2017  14h59m 

quinta-feira, 23 de março de 2017

JUÍZES TRABALHISTAS: BRASIL VIROU SELVA

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, lamenta a aprovação pela Câmara do projeto que libera a terceirização irrestrita em todos os setores do Brasil; a entidade ressalta que o texto "não trata de matéria de interesse da população" e "contribuirá apenas para o empobrecimento do país e de seus trabalhadores", ao "instituir como regra a precarização nas relações laborais", "agravar o quadro em que hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados" e aumenta fatores como "rotatividade" e "acidentes de trabalho"; "A aprovação da proposta, induvidosamente, colide com os compromissos de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previsto no artº 1º da Constituição Federal", protestam os juízes, que apelam a Michel Temer para que vete o texto




A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, divulgou uma nota nesta quinta-feira 23 em que diz lamentar a aprovação do PL nº 4302/98, na noite desta quarta-feira 22 pela Câmara dos Deputados, que libera a terceirização irrestrita em todos os setores do Brasil.

A entidade ressalta que o projeto "não trata de matéria de interesse da população" e "contribuirá apenas para o empobrecimento do país e de seus trabalhadores", ao "instituir como regra a precarização nas relações laborais", "agravar o quadro em que hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados", e aumenta ainda fatores como "rotatividade" e "acidentes de trabalho".
"A aprovação da proposta, induvidosamente, colide com os compromissos de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previsto no artº 1º da Constituição Federal", protestam os juízes, que apelam a Michel Temer para que vete o texto. Confira a íntegra:


NOTA PÚBLICA


A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA, entidade que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, tendo em vista a aprovação, na noite desta quarta-feira (22/3), do Projeto de Lei (PL) nº 4.302/1998, que regulamenta a terceirização nas atividades meio e fim, bem como na iniciativa privada e no serviço público, vem a público se manifestar nos seguintes termos:
1 – A proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como regra a precarização nas relações laborais.
2 – O projeto agrava o quadro em que hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados, contra 35 milhões de contratados diretamente, números que podem ser invertidos com a aprovação do texto hoje apreciado.
3 - Não se pode deixar de lembrar a elevada taxa de rotatividade que acomete os profissionais terceirizados, que trabalham em média 3 horas a mais que os empregados diretos, além de ficarem em média 2,7 anos no emprego intermediado, enquanto os contratados permanentes ficam em seus postos de trabalho, em média, por 5,8 anos.
4 – O já elevado número de acidentes de trabalho no Brasil (de dez acidentes, oito acontecem com empregados terceirizados) tende a ser agravado ainda mais, gerando prejuízos para esses trabalhadores, para a Sistema Único de Saúde e para Previdência Social que, além do mais, tende a sofrer impactos negativos até mesmo nos recolhimentos mensais, fruto de um projeto completamente incoerente e que só gera proveito para o poder econômico.
5 - A aprovação da proposta, induvidosamente, colide com os compromissos de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previsto no artº 1º da Constituição Federal que, também em seu artigo 2º, estabelece como objetivos fundamentais da República construir uma sociedade livre, justa e solidária e a erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
6 – Por essas razões, a Anamatra lamenta a aprovação do PL nº 4302/98, na certeza de que não se trata de matéria de interesse da população, convicta ainda de que a medida contribuirá apenas para o empobrecimento do país e de seus trabalhadores.
7 – Desse modo, a ANAMATRA conclama o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Dr. Michel Temer, a vetar o projeto, protegendo a dignidade e a cidadania.

Brasília, 22 de março de 2017
Germano Silveira de Siqueira
Presidente da Anamatra

Fonte: BRASIL 247   23 de março 2017    11h30m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   23.03.2017  11h43m 

COM FIM DA CLT, TEMER DESTRÓI DE VEZ O INSS

A precarização do mercado de trabalho, que será a consequência inevitável da terceirização irrestrita aprovada ontem na Câmara dos Deputados, terá um outro efeito colateral; como os empregadores não contratarão mais seus funcionários pela CLT, mas sim como pessoas jurídicas, ou "empreendedores individuais", as contribuições para o INSS cairão drasticamente, tanto de patrões como de empregados; ou seja, o suposto rombo da Previdência, que Temer diz pretender combater com sua reforma, será ainda maior nos próximos anos, pela falta de contribuições; leia a explicação do jornalista Ronaldo Lenoir






De acordo com matéria assinada pelo jornalista Raphael Di Cunto no site do jornal Valor Econômico, o projeto de terceirização aprovado pela Câmara não tem dispositivos para impedir a chamada "pejotização", ou seja, a demissão de trabalhadores no regime CLT para contratação como pessoas jurídicas (PJ).

Isso pode detonar de vez a Previdência Social, como explica Laura Carvalho, economista e professora da FEA-USP:

"Sustentar a Previdência passa necessariamente por manter altos níveis de emprego e formalização. A prioridade parece não ser nenhuma das duas coisas.

Aprovaram agora o PL da terceirização: imaginem um mundo de trabalhadores contratados como Empreendedores Individuais, contribuindo apenas 5% sobre o salário mínimo para a Previdência. E o empregador, nada.
Em meio a todo esse debate, um PL que pode reduzir a base de arrecadação do sistema e elevar o tal rombo na Previdência no curto prazo. Interessante".




Fonte: BRASIL 247    23 de março 2017    05h47m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   23.03.2017  11h35m 

FIM DA CLT: TERCEIRIZAÇÃO GERAL É APROVADA

Câmara aprova projeto de terceirização que precariza de vez o mercado de trabalho no Brasil, permitindo que todas as atividades-fim de uma empresa sejam terceirizadas; com isso, patrões poderão contratar seus funcionários sem garantias como férias, décimo-terceiro, licença-maternidade, abono salarial e outros direitos trabalhistas; trabalho temporário também foi ampliado de 3 para 9 meses com o projeto aprovado nesta noite; 231 deputados aprovam o texto, contra 188 que votaram "não" e 8 abstenções; projeto foi apresentado durante o governo FHC e já foi aprovado pelo Senado, portanto segue agora apenas para a sanção de Michel Temer





Sob a presidência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira 22 o projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, permitindo que ela seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.
Deputados da base de Michel Temer argumentavam no plenário que o projeto criaria empregos, enquanto os da oposição protestavam, alegando que o projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores.
O texto precariza de vez o mercado de trabalho no Brasil, permitindo que todas as atividades de uma empresa sejam terceirizadas, inclusive a principal. Numa escola, por exemplo, até os professores poderão ser contratados de forma terceirizada.
Com isso, patrões poderão contratar seus funcionários sem garantias como férias, décimo-terceiro, licença-maternidade, abono salarial e outros direitos trabalhistas. O trabalho temporário também foi ampliado de 3 para 9 meses.
Na primeira votação, com 275 votos a 28 e 46 abstenções, foi rejeitado dispositivo do texto do Senado e mantido trecho da redação da Câmara, sobre trabalho temporário, para deixar claro que essa modalidade poderá ser usada nas atividades-fim e nas atividades-meio da empresa.
Na segunda votação, 231 deputados aprovam o texto-base do projeto de lei, contra 188 que votaram "não" e 8 abstenções. O projeto foi apresentado durante o governo FHC e já foi aprovado pelo Senado, portanto segue agora, após as votações dos destaques, apenas para a sanção de Michel Temer.
Para o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, o Congresso aprovou nesta noite a "Lei do Gato".

Leia seu texto:
Quais são as diferenças em relação à terceirização existente hoje?

A primeira: permite a terceirização total da força de trabalho, ao contrário do que ocorre hoje, em que ela é possível nas atividades-meio da empresa – limpeza, vigilância, recepção e escritório, por exemplo –  e permite, em tese, que uma grande empresa não tenha sequer um funcionário próprio, subcontratando empresas locadoras de mão de obra.
A partir de agora, uma fábrica não precisa mais ter empregados próprios, uma grande loja não precisa ter mais vendedores, uma escola não precisará de professores, um hospital não precisará ter médicos, enfermeiros e nem mesmo auxiliares.
Não é preciso ser nenhum gênio para saber que para que isso signifique economia, mesmo pagando o lucro do intermediário, só há duas maneiras. Uma, contratar pessoas que ganham menos – e os terceirizados, segundo o Dieese, ganham em média 30% que os empregados diretos . Outra, reduzir encargos trabalhistas, o que significa, na prática, não recolher ou não pagar os deveres patronais.
O truque, neste projeto, é que a empresa contratante só passa a responder por dívidas trabalhistas se o “gato” que serviu intermediários tiver bens a  penhorar e não tiver “sumido” no mundo.
Mas há pior, porque legaliza dois absurdos.
O primeiro, a contratação indiscriminada como “pessoa jurídica” e, portanto,, sem direito a férias, 13°, FGTS, aviso prévio…
O segundo, o contrário temporário “eterno”. Hoje , o trabalho temporário é limitado a 180 dias, mas passa a ser de nove meses ou, se não houver proibição via convenção coletiva da trabalho, prorrogar-se sem limites. Este empregado não tem direito a aviso prévio, multa do FGTS…
Esta monstruosidade, numa incrível violação da Constituição, se estende também ao serviço público., exceto para o “marajanato” das chamadas “carreiras de Estado”, os bem pagos.
Por último, se aprovada – e deve ser – este regresso ao tempo pré-Vargas, é a consagração do “gato”.
Porque é a ressurreição de um projeto retirado de pauta há 15 anos, oriundo do período FHC, quando a Câmara aprovou outro, menos lesivo aos trabalhadores, há menos de dois anos.
Que é jogado no lixo, na falta de se poder jogar a Lei Áurea.
Não tendo mais como entregar a Reforma da Previdência, Temer correr para entregar o possível.
PS. O Governo acaba de aprovar o projeto, por 232 votos a favor, 188 contrários e oito abstenções. Venceu, mas com sabor de derrota, porque está pelo menos 76  votos de obter número para a Reforma da Previdência.




Fonte: BRASIL 247   22 de março 2017    21h07m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE   23.03.2017  11h25m