AÉCIO ACELERA E JÁ APARECE NO RETROVISOR DE
MARINA
Candidato tucano encurta distância que o separa
de Marina Silva nas pesquisas; no Datafolha, diferença que era de 20 pontos no
levantamento anterior diminuiu ontem para 13; no Ibope, distância caiu de 16
pontos, dez dias atrás, para 11 nesta semana; comando de Aécio Neves trabalha
com projeção de que senador tucano já está a oito posições de adversária do
PSB; aposta é em situação de empate técnico e vantagem sobre ela na entrada da
reta final da eleição; 16 dias para a bandeirada das urnas de 5 de outubro
O candidato Aécio Neves, do
PSDB, já se percebe despontando no retrovisor eleitoral da adversária Marina
Silva, do PSB. Nos levantamentos dos dois maiores institutos de pesquisas, o
Datafolha e o Ibope, o ex-governador mineiro se mostrou capaz de recuperar
pontos perdidos e, melhor ainda, encurtar as distâncias que o separam de
Marina.
Nos
dois últimos Datafolha, divulgados num espaço de 10 dias, Aécio marcou,
respectivamente, 14% e, na rodada divulgada ontem, 17% de intenções de voto.
Ele reduziu, com essa performance, uma diferença que era de 20 pontos
percentuais a favor de Marina para 13. No Ibope, confirmando a tendência de
aceleração do mineiro para a perda de força da ex-senadora acreana, o tucano
tirou cinco pontos, agora marcando 19% contra 30% da adversária.
No
comando da campanha de Aécio, as curvas das pesquisas já são vistas como
tendências de crescimento do candidato e desaceleração da adversária.
Trabalha-se, entre os estrategistas tucanos, com uma distância, neste momento,
inferior a dez pontos porcentuais. Nas contas mais ousadas, acredita-se que
Aécio já pode aparecer, em razão da velocidade e extensão das mudanças
verificadas até aqui, em situação e empate técnico com Marina na próxima. É o
mesmo que dizer que o ex-governador estaria em situação de igualdade com ela a
sete dias do pleito. Ou seja, na entrada da reta final para a bandeirada de 5
de outubro.
A
estratégia do time tucano é manter a dupla frente de ataque, com Aécio e seus
homens de frente alternando críticas à presidente Dilma Rousseff, para manter
em alta o anti-petismo que lhes é de direito, mas também sobre Marina. Contra a
pilota do PSB, a abordagem continuará sendo feita em tom crescente, mas sem
radicalização agora. Na observação das constantes idas e vindas de Marina em
questão de seu programa de governo e pronunciamentos dela própria ou de
aliados, os tucanos concluíram que, quanto mais ela se sentir acuada por Dilma,
mais Marina irá se atrapalhar. Aécio não precisará ser, ele mesmo, o algoz da
ex-ministra, procurando se beneficiar, assim, da simpatia da torcida dela na
segunda volta.
Pessoalmente,
Aécio é o retrato em carne e osso da empolgação. Seu recuo estratégico para se
fortelecer em Minas Gerais, seu berço político, foi considerado sucesso
absoluto. De quebra, boas notícias chegaram dos Estados do Sul, especialmente
Santa Catarina e Paraná, onde ele teria alcançado a liderança nas sondagens
feitas pelo PSDB. Com a sorte de contar com o governador tucano Geraldo
Alckmin, em São Paulo, numa posição de liderança confortável, o senador mineiro
aposta que, com um vento eleitoral um pouco melhor na região Nordeste,
conseguirá o impulso que falta para fazer seu carro não apenas crescer no
espelhinho de Marina, mas também para ultrapassá-la. O melhor combustível que
ele dispõe para essa acelerada é o chamado voto útil, com o qual os tucanos
esperam retomar de Marina a marca de quem tem melhores chances de vencer o PT.
BRASIL 247 19 de setembro de 2014 18:08
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 19.09.2014 20h43m
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