DILMA REBATE MARINA E DIZ QUE JAMAIS TOCARÁ NA CLT
Um dia depois de Marina
Silva admitir mexer num vespeiro popular e defender a "atualização"
da Consolidação das Leis do Trabalho, que assegura direitos dos trabalhadores,
a presidente Dilma Rousseff voltou a contestá-la; ao ser questionada por um
empresário no interior paulista sobre se poderia alterar pontos como férias e
décimo-terceiro, ela não deu margem a dúvidas: "nem que a vaca
tussa"; mais um ponto que separa as duas candidatas que lideram as
pesquisas eleitorais
Um
dia depois de Marina Silva admitir mexer num vespeiro e falar em
"atualização da CLT" (leia mais aqui), que assegura direitos dos trabalhadores, a
presidente Dilma Rousseff marcou posição contrária.
Nesta
quarta-feira, ao ser questionada por um empresário, em Campinas (SP), sobre
eventuais mudanças em leis trabalhistas, ela foi clara. "Nem que a vaca
tussa", disse, ressaltando que jamais mexerá em direitos assegurados desde
a era Vargas como 13º salário, férias e horas extras.
Marina
havia falado em atualização das leis trabalhistas depois de ter sido
aconselhada, segundo ela própria afirmou pelo "professor Giannetti",
referindo-se ao economista Eduardo Giannetti da Fonseca, que defende políticas
de corte mais liberal para o mercado de trabalho.
Polarizando
a disputa presidencial com Marina, Dilma tem tentado marcar posições
antagônicas à da candidata do PSB, que se cercou de economistas ortodoxos.
Leia,
abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Dilma
diz que não reduz direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa”
Luana
Lourenço Edição: Nádia Franco
A presidenta Dilma Rousseff, que
disputa a reeleição pelo PT, afirmou hoje (17) que não fará reformas na lei
trabalhista que reduzam direitos dos trabalhadores, “nem que a vaca tussa”.
Segundo Dilma, o direito às férias e ao décimo terceiro salário está entre os
itens que não podem ser alterados para atender a interesses de empresários.
“Eu
não mudo direitos na legislação trabalhista. Férias, décimo terceiro, FGTS
[Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], hora extra, isso não mudo nem que a
vaca tussa”, enfatizou a candidata, em entrevista após encontro com empresários
na Associação Comercial e Industrial de Campinas, no interior paulista.
Em
alguns casos, segundo Dilma, é possível fazer adaptações na lei, mas sem
reduzir direitos, como no caso de trabalho de jovens aprendizes em micro e
pequenas empresas. A candidata lembrou que a lei determina que os empresários
paguem pela formação dos aprendizes, mas, para estimular a contratação, o
governo anunciou na última semana que, nesses casos, a formação
será custeada com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec).
A candidata à reeleição voltou a
comentar uma proposta apresentada nos últimos dias, de que, se reeleita, criará
um regime tributário de transição para que micro e pequenos empresários não
tenham que limitar o crescimento por medo de perder os benefícios e isenções do
Simples Nacional. Dilma também se comprometeu a “acabar com a indústria da
multa”, garantindo que a atuação dos fiscais tributários nas empresas de
pequeno porte seja primeiro educativa, antes da aplicação da punição.
Ela
reforçou o compromisso de reduzir a burocracia para os processos de abertura e,
principalmente, fechamento de empresas e disse que as primeiras medidas serão
anunciadas ainda neste mês. “Abrir e fechar empresas no Brasil é, de fato, um
grande desafio. Temos o compromisso de assegurar que esse tempo seja reduzido,
que saia de 100, para, em alguns casos, cinco dias”.
BRASIL 247 17 de setembro de 2014 13:39
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 17.09.2014 15h21m
Nenhum comentário:
Postar um comentário