CRIME DE VEJA É GROTESCA FRAUDE JORNALÍSTICA
A revista que hoje pertence aos irmãos
Giancarlo e Victor Civita Neto cometeu um atentado à democracia brasileira; a
dois dias de uma eleição presidencial, fez circular uma edição sensacionalista,
que acusa a presidente Dilma Rousseff, favorita à reeleição, assim como o
ex-presidente Lula, de "saberem de tudo" na Petrobras, a partir da
delação premiada do doleiro Alberto Youssef; eis o que diz a própria
reportagem: "O doleiro não apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas
do que disse. Por enquanto, nessa fase do processo, o que mais interessa aos
delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo menos
presenciou ilegalidades"; o depoimento já foi negado pelo advogado e a
revista Veja teve ainda a desafaçatez de negar interesse eleitoral na
publicação da reportagem; banditismo midiático supera todos os limites e
envergonha o País
O ato cometido pela família Civita em sua mais recente edição não
merece outra qualificação. Trata-se de um atentado à democracia brasileira. Um
crime. Uma tentativa escancarada de golpe.
A dois dias da eleição presidencial, a Abril faz circular uma
edição em que a presidente Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas Ibope e
Datafolha já fora da margem de erro, é acusada de comandar um esquema de
desvios na Petrobras.
Assinada pelo repórter Robson Bonin, a reportagem já principia com
uma explicação, que é quase um pedido de desculpas pelo crime:
A Carta ao Leitor desta edição
termina com uma observação altamente relevante a respeito do dever jornalístico
de publicar a reportagem a seguir às vésperas da votação em segundo turno das
eleições presidenciais. "Basta imaginar a temeridade que seria não
publicá-la para avaliar a gravidade e a necessidade do cumprimento desse
dever". VEJA não publica reportagens com a intenção de diminuir ou
aumentar as chances de vitória desse ou daquele candidato.
Feita a explicação, parte-se para a reportagem em si sobre o
depoimento de um doleiro, que já foi negado por seu próprio advogado (leia mais aqui).
Lá pelas tantas, eis o que diz o repórter: "O doleiro não
apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas do que disse. Por enquanto, nesta
fase do processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o
depoente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades".
O que mais é preciso dizer?
Nada.
Simplesmente, que a família Civita cometeu um atentado contra a
democracia brasileira, com a intenção se colocar acima da vontade popular,
estimulando seus colunistas raivosos a já falar em impeachment, caso a
presidente Dilma Rousseff confirme sua vitória no próximo domingo.
BRASIL 247 24 de outubro de 2014 11:49
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 24.10.2014 12h10m
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