BRAÇO DIREITO DE CAMPOS, FBC TAMBÉM FOI
DELATADO
Segundo o colunista Claudio Humberto, o senador
eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) pediu em 2010 ao doleiro Alberto Youssef,
quando secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, doação para a
reeleição do governador Eduardo Campos; "E R$ 20 milhões teriam sido
doados pelo Consórcio Ipojuca Interligações (CII), contratado da Petrobras na
refinaria Abreu e Lima", diz nota; ex-ministro diz que denúncias são
"levianas e mentirosas"; empreiteiras envolvidas são Queiroz Galvão e
Iesa; presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz não ter registro dessa doação;
caixa dois?
O senador eleito e ex-ministro da Integração Nacional
Fernando Bezerra Coelho (PSB) foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal, sob acordo de delação premiada
na Operação Lava Jato. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do portal
Diário do Poder.
Segundo ele, FBC, que era
braço-direito do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, pediu doações para
o doleiro Alberto Youssef para a campanha de reeleição de Campos, falecido em
agosto em um acidente aéreo. Na coluna de ontem, o jornalista afirmou que o
ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra [já falecido], também foi citado na
delação premiada feita por Costa.
O
pedido de Bezerra Coelho foi atendido, ainda segundo o colunista, através do
Consórcio Ipojuca Interligações (CII), formado pelas empresas Iesa e Queiroz
Galvão, que tem contrato nas obras da implantação da Refinaria Abreu e Lima, em
Suape. Em nota, Fernando Bezerra Coelho classificou as denúncias como
"levianas e mentirosas" (leia
aqui).
Nas prestações de contas do PSB
à Justiça Eleitoral não aparece nenhuma doação deste valor. Na época, o partido
era presidido por Eduardo Campos. O Tribunal de Contas da União (TCU) suspeita
que as obras da Refinaria Abreu e Lima foram superfaturadas em até R$
316,9 milhões. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz desconhecer qualquer
doação do gênero e que a campanha de Campos não custou tanto. Já a Queiroz
Galvão informou que “todas as doações realizadas pela empresa seguem
rigorosamente a legislação eleitoral".
Entre 2007 e 2010, Fernando
Bezerra Coelho ocupou a presidência do Porto de Suape e acumulou a função de
secretário de Desenvolvimento Econômico. Ele ficou no cargo até 2011, quando
assumiu o Ministério da Integração Nacional, por indicação de Campos, cujo
partido integrava a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. O PSB
deixou o governo em 2013, quando Campos decidiu lançar-se candidato à
Presidência da República.
Confira abaixo a nota publicada
pelo jornalista Cláudio Humberto.
EX-DIRETOR DELATA EX-MINISTRO DO GOVERNO DILMA
Ex-ministro da Integração de
Dilma e senador eleito, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) foi citado pelo
ex-diretor Paulo Roberto Costa, sob delação premiada. Ele relatou que em 2010 o
doleiro Alberto Youssef recebeu de Bezerra, então secretário estadual de
Desenvolvimento Econômico, pedido de doação para a reeleição do governador
Eduardo Campos. E R$ 20 milhões teriam sido doados pelo Consórcio Ipojuca
Interligações (CII), contratado da Petrobras na refinaria Abreu e Lima.
CRÉDITO APROVADO
Paulo Roberto Costa afirmou
que, consultado por Youssef, aprovou a doação. Até o fechamento desta edição,
Bezerra não respondeu às ligações da coluna.
SUPERFATURAMENTO
O TCU estima que o consórcio
CII, das empreiteiras Iesa e Queiroz Galvão, pode ter superfaturado R$ 316,9
milhões em Abreu e Lima.
NÃO CHEGOU
Hoje presidente do PSB, Carlos Siqueira ignora a suposta doação e diz que a
campanha de Eduardo – que não custou tanto – jamais a recebeu.
RESPOSTA PADRÃO
A Queiroz Galvão informou por assessores que “todas as doações realizadas pela
empresa seguem rigorosamente a legislação eleitoral".
BRASIL 247 16 de outubro de 2014 09:48
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 16.10.2014 14h22m
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