LEVY
DEFENDE EQUILÍBRIO E AVANÇO SOCIAL
Em resposta à pergunta feita pela jornalista
Tereza Cruvinel, do 247, ministro anunciado da Fazenda, Joaquim Levy, afirma
que não haverá regresso nos avanços sociais conquistados até hoje para que se
trabalhe pelo crescimento da economia brasileira; "O equilíbrio da
economia é feito para que a gente possa continuar o avanço social que a gente
alcançou. O exercício fiscal é um exercício de escolha de prioridades",
afirmou; ministro indicado para o Planejamento, Nelson Barbosa, reforçou que os
dois pontos não são contraditórios; segundo ele, o cumprimento das
metas "não implica em renunciar as conquistas recentes"; Levy
defendeu novas medidas "sem precipitações", "sem pacotes",
nem "surpresas"; discurso do ministro não empolgou mercado e Bovespa
fechou em queda de 0,68%
Respondendo a uma pergunta feita pela jornalista Tereza Cruvinel,
colunista do 247, o ministro anunciado da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta
quinta-feira 27 um "equilíbrio" casado com "avanço social",
sem necessidade de recuar conquistas contabilizadas até aqui.
"O equilíbrio da economia é feito para que a gente possa continuar
o avanço social que a gente alcançou. O equilíbrio existe para que a gente
possa ter as políticas de maneira sólida. O exercício fiscal é um exercício de
escolha de prioridades", disse Levy, em coletiva à imprensa logo após o
anúncio da equipe econômica pelo Planalto.
"Se não tiver crescimento, é sempre mais difícil pra fazer qualquer
investimento de política pública. As escolhas serão feitas de tal maneira que
os agentes econômicos possam decidir com confiança e tranquilidade de que o
governo opera dentro dos recursos que lhe são confiados", acrescentou.
O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deu uma declaração
na mesma linha, assegurando que a preparação de medidas para o crescimento e os
avanços sociais "não são coisas contraditórias". Segundo ele, o
cumprimento das metas "não implica em renunciar as conquistas
recentes".
Levy afirmou que não haverá pressa para que sejam apresentadas medidas
econômicas. "Sem pacotes, sem surpresas. Eu seria precipitado se desse o
receituário agora", declarou. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff tem
um "compromisso absoluto" para que as metas a serem estabelecidas
sejam alcançadas.
O novo ministro também disse que a pasta "reafirma o compromisso
com a transparência" e já apresentou a meta do superávit de 2015 (1,2% do
PIB). De acordo com sua previsão, em 2016 e 2017 ela não será menor do que 2%
do PIB.
Segundo ele, "o governo vai dar o exemplo aumentando sua poupança
por meio do superávit primário". Nelson Barbosa, do Planejamento, prometeu
melhoria nos gastos públicos. Alexandre Tombini, mantido no Banco Central,
assegurou que o governo "não será complacente com a inflação".
O discurso do novo ministro não empolgou o mercado e a Bovespa, que
operava em alta até pouco antes do anúncio, passou a oscilar entre ganhos e
perdas e fechou em queda de 0,68% nesta quinta-feira (leia no portal Infomoney).
Abaixo, reportagens das agências Brasil e Reuters:
Meta de superávit primário em 2015 será 1,2% do
PIB, diz Joaquim Levy
Wellton Máximo, da Agência Brasil - A meta de superávit primário –
economia para pagar os juros da dívida pública – corresponderá a 1,2% do
Produto Interno Bruto (PIB - soma das riquezas produzidas no país) no próximo
ano. O anúncio foi feito há pouco pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da
dívida pública e permite a redução do endividamento do governo no médio e no
longo prazos. Segundo o novo ministro, em 2016 e 2017, o setor público se
comprometerá com uma meta de esforço fiscal de pelo menos 2% do PIB.
Segundo o novo ministro, o superávit primário de ao menos 2% é
necessário para assegurar a continuidade da redução da dívida líquida do setor
público em relação ao PIB. Levy, no entanto, reconheceu que é impossível
alcançar esse nível de esforço fiscal no próximo ano.
"Em 2015, a melhora do superávit primário alcançada não deve
permitir chegar ao valor de 2% do PIB. Deve-se trabalhar com meta de 1,2%, na
forma das estatísticas do Banco Central. Para 2016 e 2017, a meta não será
menor que 2% do PIB", explicou.
O futuro ministro comprometeu-se a ser transparente na divulgação dos
dados das contas públicas. Segundo ele, o acesso pleno às informações facilita
a tomada de riscos pelas famílias, pelos consumidores e pelos empresários,
principalmente nas decisões de investimento.
"Alcançar essas metas [de superávit primário] é fundamental para
ampliar confiança na economia brasileira. Isso permite ao país consolidar o
crescimento econômico e melhorar as conquistas sociais realizadas ao longo dos
últimos 20 anos", explicou.
Por causa da queda da arrecadação e do aumento dos gastos, o governo
anunciou que a meta de superávit primário, no próximo ano, corresponderá a R$
10,1 bilhões, em vez da meta original de R$ 80,7 bilhões. A redução do esforço
fiscal ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
O anúncio da nova equipe econômica de Dilma foi feito nesta tarde pelo
ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, no
Palácio do Planalto. Por meio de nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff
agradeceu a dedicação dos atuais ministros, que permanecem em seus cargos até
que os novos indicados formem suas equipes. Além de Levy, Nelson Barbosa, que
assume o Planejamento, e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central
(LINK 2), também conversaram com a imprensa.
Nelson Barbosa diz que trabalhará para melhorar
eficiência dos gastos públicos
Paulo Victor Chagas – Indicado para assumir o Ministério do
Planejamento, Nelson Barbosa, prometeu atuar em conjunto com a nova equipe
econômica do governo para promover o crescimento da economia brasileira, com
controle rigoroso da inflação, estabilidade fiscal e geração de empregos.
"Como desafio mais imediato, trabalharei na adequação da proposta
orçamentária de 2015 ao novo cenário macroeconômico e ao objetivo de elevação
gradual do resultado primário", explicou.
Em declaração à imprensa logo após ter seu nome anunciado, Nelson
Barbosa disse que dará continuidade à melhoria da eficiência dos gastos
públicos, por meio da modernização da gestão. Como novo coordenador dos
principais programas de investimentos do governo federal, como o Programa de
Aceleração do Crescimento e o Programa Minha Casa, Minha Vida. Barbosa disse,
ainda, que pretende ampliar as parcerias público-privadas.
"Trabalharei especialmente em iniciativas para aumentas as taxas de
investimento e a produtividade de nossa economia, de modo a consolidar um
crescimento mais rápido da renda per capita com estabilidade monetária",
declarou.
Para isso, o futuro ministro disse contar com a colaboração do setor
privado, de parlamentares, de governadores e de prefeitos. Ainda segundo Nelson
Barbosa, é preciso desburocratizar e melhorar a qualidade dos serviços públicos
prestados à população.
O anúncio da nova equipe econômica de Dilma foi feito nesta tarde, pelo
ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, no
Palácio do Planalto. Por meio de nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff
agradeceu a dedicação dos atuais ministros, que permanecem em seus cargos até
que os novos indicados formem suas equipes. Além de Barbosa, Joaquim Levy, que
assume a Fazenda, e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central, também
conversaram com a imprensa.
Proposta orçamentária de 2015 é o desafio mais
imediato, diz Barbosa
Nelson Barbosa, indicado oficialmente para assumir o Ministério do
Planejamento do próximo governo Dilma Rousseff, prometeu atuar em conjunto com
a nova equipe econômica para promover o crescimento da economia brasileira, com
controle rigoroso da inflação, estabilidade fiscal e geração de empregos.
O novo ministro destacou que, assim que assumir, vai trabalhar na
adequação da proposta orçamentária de 2015. "Como desafio mais imediato,
trabalharei na adequação da proposta orçamentária de 2015 ao novo cenário
macroeconômico e ao objetivo de elevação gradual do resultado
primário",disse.
Em declaração à imprensa logo após ser anunciado como o futuro titular
do cargo atualmente ocupado pela ministra Miriam Belchior, Nelson Barbosa disse
que dará continuidade à melhoria da eficiência dos gastos públicos por meio da
modernização da gestão.
Como novo coordenador dos principais programas de investimentos do
governo federal, como o Programa de Aceleração do Crescimento e o Programa
Minha Casa, Minha Vida, Barbosa destacou também que pretende ampliar as
parcerias público-privadas.
"Trabalharei especialmente em iniciativas para aumentas as taxas de
investimento e a produtividade de nossa economia, de modo a consolidar um
crescimento mais rápido da renda per capita com estabilidade monetária",
Nesse sentido, o futuro ministro espera contar com a colaboração do
setor privado, de parlamentares, de governadores e de prefeitos. Ainda segundo
Nelson Barbosa, é preciso desburocratizar e melhorar a qualidade dos serviços
públicos prestados à população.
O anúncio da nova equipe econômica de Dilma foi feito nesta tarde pelo
ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, no
Palácio do Planalto. Por meio de nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff
agradeceu a dedicação dos atuais ministros, que permanecerão em seus cargos até
que os novos indicados formem suas equipes. Além de Barbosa, Joaquim Levy, que
assume a Fazenda, e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central, também
falaram com a imprensa.
Tombini repete que política monetária deve se
manter especialmente vigilante
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do
Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou nesta quinta-feira que a política
monetária deve se manter especialmente vigilante e tem trabalhado para a
inflação voltar à trajetória da meta do governo.
Em entrevista coletiva após o anúncio
de que continuará a comandar o Banco Central no segundo mandato da presidente
Dilma Rousseff, Tombini afirmou também que o atual estoque de swaps cambiais
"já atende" à demanda por proteção cambial da economia e deve
continuar a ser renovado no futuro, observadas as condições de demanda.
(Por Luciana Otoni, Jeferson Ribeiro
e Maria Carolina Marcello)
BRASIL 247 27 de novembro de 2014 16:39
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 28.11.2014 04h55m
Nenhum comentário:
Postar um comentário