FUTURO MINISTRO DESCARTA
PACOTES ECONÔMICOS E PROMETE TRANSIÇÃO SUAVE
Segundo Joaquim Levy, algumas questões são
discutidas para diminuir as despesas. Ele disse ter recebido da presidenta
Dilma autonomia para promover mudanças na política econômica
O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu uma transição suave
na política econômica do governo. Em entrevista coletiva após ter o
nome confirmado pela presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (27), ele
negou que haverá pacotes nas próximas semanas e prometeu trabalhar em parceria
com a equipe econômica atual até que as novas medidas estejam formuladas.
“Não temos pressa de fazer um pacote com medidas relâmpago. Algumas
coisas vêm sendo discutidas no caminho de diminuir as despesas, mas acho que a
capacidade de cooperação entre os diversos órgãos deve levar a gente a fazer
medidas. Elas vão ser, não digo graduais, mas sem pacotes, sem nenhuma grande
surpresa”, declarou.
Levy garantiu ter recebido autonomia para promover mudanças na
política econômica. Segundo ele, a própria nomeação indica confiança da
presidenta Dilma Rousseff. “A autonomia está dada. Acho que há suficiente grau
de entendimento e de maturidade dentro da própria equipe. A gente vai ver dia a
dia como ocorre, mas acho que essa questão vai se responder de forma muito
tranquila”, declarou.
Sobre eventuais nomes para equipe econômica, Levy reiterou que o Tesouro
não divulgará nenhum nome nos próximos dias. “É muito importante manter o
processo e o rito. A experiência da transição é boa e positiva. Não estamos em
nenhuma agonia. Essa é uma maneira boa de lidar com desafios do novo governo,
que só começa em 1º de janeiro”, acrescentou o futuro ministro da Fazenda.
De acordo com Levy, o corte de gastos públicos para garantir o ajuste
fiscal não afetará os programas sociais. Segundo ele, o equilíbrio econômico
justamente é o principal fator que permitirá a continuidade dos avanços dos
últimos anos. “Faremos um exercício orçamentário e fiscal de escolhas e de
definição de prioridades. Queremos garantir um ambiente que permita a economia
ter o crescimento necessário para suportar as despesas públicas. Se não
houver empresas crescendo, é difícil ter recursos para suportar
qualquer gasto público”, disse.
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REDE BRASIL ATUAL 27 de novembro de 2014 17:18
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 28.11.2014 04h44m
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