PT VAI AO TSE
POR JATO-FANTASMA. SE O BRASIL TIVESSE IMPRENSA, NEM ERA PRECISO
por Fernando Brito
Deu há pouco em O Globo que o PT cogita ir ao TSE pedindo a apuração de
eventual crime eleitoral pelo uso do misterioso jato que servia à campanha de
Eduardo Campos e Marina Silva e que matou o pernambucano no acidente que,
sábado, completa um mês.
Um mês!
E ainda não se sabe, a não ser
por fuxicos, que são os verdadeiros donos do avião. Não há um documento, um
recibo, nada que explique a cessão do aparelho à dupla de candidatos.
Não se sabe quem pagava os
pilotos, não se sabe quem pagava o combustível, as demais despesas.
Não se sabe, em resumo, nada.
A não ser que foram feitas
transferências bancárias, algumas delas de contas-fantasmas, aos proprietários
registrados do avião, usineiros falidos do interior de São Paulo.
Não se sabe, sequer, como é o
rosto dos três empresários que teriam feito o negócio para Eduardo Campos, que
permanecem tão “fantasmas” quanto a propriedade do avião.
Mas, sobretudo, não se sabe
como um avião de R$ 20 milhões pode ser enquadrado no limite de R$ 50 mil
fixado pelo artigo 23, Parágrafo 7, da Lei 12.034/09.
Nem como pessoas que não
detinham a propriedade do avião poderiam cede-lo à dupla de candidatos.
Não há nenhum abuso político,
se o pedido vier mesmo a ser feito, pois o PT tem todo o direito legal fazê-lo
(art.30A da lei 9504: ”qualquer partido político ou
coligação poderá representar à Justiça Eleitoral relatando fatos e indicando
provas e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em
desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de
recursos”).
Mas seria desnecessário se a
imprensa brasileira estivesse cumprindo o seu papel de apurar a verdade.
Há um mês, Marina Silva e o
PSB estão usando o expediente do “depois eu conto”.
O máximo que dizem é que havia
um “empréstimo de boca” de um avião, que foi comprado para este fim e já era
usado por três meses!
Em bom português, estão
fazendo me “moleques” a imprensa e a opinião pública brasileiras.
Se a imprensa aceita este
papel, os cidadãos brasileiros o recusam.
JORNAL GGN 12 de setembro de 2014 às 15:59
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 13.09.2014 04h41m
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