TACHADO DE ‘ARREGÃO’, AÉCIO É SUPERADO POR ALCKIMIN
A semana termina de forma melancólica para o
senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB; chamado de
'arregão' nas redes sociais, por ter desembarcado da estratégia do impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff, ele deixará, aos poucos, de representar uma
perspectiva de poder; a partir de agora, o nome mais provável para representar
o PSDB nas eleições presidenciais de 2018 será o do governador Geraldo Alckmin,
de São Paulo, que vem costurando importantes alianças; a principal delas é com
o PSB, do vice Márcio França, que poderá assumir o governo paulista e
eventualmente concorrer à reeleição; Alckmin também costurou a ida de Marta
Suplicy ao PSB
"Arregão". Esse é o adjetivo mais comum, nas redes
sociais, contra a decisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de desembarcar do
projeto de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Nos últimos dias, desde que o
jurista Miguel Reale Júnior demonstrou às lideranças tucanas e de outros
partidos de oposição que um pedido de afastamento da presidente estaria fadado
ao fracasso, Aécio não teve alternativa, a não ser recuar do golpe.
Imediatamente, passou a ser atacado como "traidor",
"covarde" e "arregão" por lideranças de movimentos como o
Revoltados Online e o MBL.
As consequências para o
senador, no entanto, são mais profundas do que uma momentânea onda de
achincalhamento nas redes sociais. A partir de agora, ele deixará, aos poucos,
de representar uma alternativa real de poder. Na oposição, os holofotes tendem
a migrar de Aécio, que abraçou uma oposição radical, para o governador paulista
Geraldo Alckmin, que tem adotado um discurso moderado.
Além de dispor de uma das
principais máquinas políticas do País, que é o Palácio dos Bandeirantes,
Alckmin vem costurando importantes alianças na oposição. A mais importante
delas, com o PSB, que tem Márcio França como seu vice. Caso Alckmin concorra à
presidência, em 2018, França assumirá o governo e terá a chance de concorrer,
no cargo, à reeleição. Além disso, o governador paulista foi um dos principais
incentivadores do convite feito a Marta Suplicy para que dispute a prefeitura
de São Paulo, em 2016, também pelo PSB.
Aécio apostou todas as fichas
no impeachment, mas morreu na praia. E, antes de 2018, será descartado pelo
PSDB.
BRASIL 247 22 de maio de 2015 16h51m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 22.05.2015 17h24m
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