VENINA REAFIRMA QUE ALERTOU SOBRE IRREGULARIDADES
Personagem novo em evidência no
esquema de irregularidades que aconteceu na Petrobras, a geóloga e ex-gerente
da estatal Venina Velosa da Fonseca apresentou ao Ministério Público novos
documentos e alegações que confirmam que a presidente da empresa, Graça Foster,
e outros diretores sabiam de irregularidades, segundo seu advogado, Ubiratan
Mattos; o depoimento dela foi entregue aos procuradores da Operação Lava Jato
em Curitiba ontem e teve duração de aproximadamente cinco horas
Personagem novo em evidência no
esquema de irregularidades que aconteceu na Petrobras, a geóloga e ex-gerente
da estatal Venina Velosa da Fonseca apresentou ao Ministério Público na
sexta-feira (19) novos documentos e alegações que confirmam que a presidente da
empresa, Graça Foster, e outros diretores sabiam de irregularidades. Afirmação
é do advogado Ubiratan Mattos, que representa Venina Fonseca. Depoimento dela
foi entregue aos procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba ontem e teve
duração de aproximadamente cinco horas. A análise dos documentos será
feita partir de janeiro.
A
direção da Petrobras contestou a ex-funcionária na terça-feira (22) e afirmou
que os relatos de Venina foram genéricos e que só neste ano ela falou sobre as
irregularidades.
Um dos
investigadores avaliou o depoimento de Venina como "bastante
completo" e apresentou informações sobre irregularidades nas áreas de
Abastecimento e Comunicação e na implantação da refinaria de Abreu e Lima, em
Pernambuco, segundo matéria do jornal Folha de São Paulo.
O
advogado de Fonseca afirmou que a ex-gerente alertou a atual presidente da
Petrobras sobre as irregularidades na empresa. Ela o teria feito inclusive
verbalmente várias vezes desde 2007, em períodos em que Graça Foster ocupou
outros cargos na estatal.
Sobre
afirmação de Graça de que Venina estaria fazendo as acusações por ter sido
responsabilizada por parte das irregularidades, o advogado afirmou que
"estão querendo transformar a sra. Venina de vítima a vilã".
"Estão em uma operação de desconstrução de imagem da minha cliente, mas o
que foi apresentado hoje aos procuradores mostra que Venina não é a vilã desta
história".
A
ex-gerente da estatal será ouvida na condição de testemunha nas ações criminais
propostas neste mês contra executivos de empreiteiras e o ex-diretor de
Abastecimento Paulo Roberto Costa. Os depoimentos nas ações penais abertas pelo
juiz federal Sergio Moro ocorrerão no início de fevereiro.
Fonseca
foi indicada como testemunha de acusação, pois há cerca de três semanas o
advogado dela procurou a força-tarefa da Lava Jato e comunicou o desejo dela de
falar às autoridades.
Como
Fonseca havia sido subordinada de Costa na diretoria de Abastecimento da
Petrobras, os procuradores consideraram que o depoimento dela poderia ser útil
às investigações.
Segundo
seu advogado, após ser destituída do posto de gerente executiva do escritório
da Petrobras em Cingapura, Fonseca voltou para a função de geóloga sênior na
estatal. Atualmente está de licença médica, segundo o advogado. Ubiratan Mattos
disse que ela confirmou ter recebido ameaças de morte em 2012.
BRASIL 247 20 de dezembro de 2014 07:22
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 21.12.2014 05h20m
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