DILMA DEFINE 13 MINISTROS E UM PERFIL:
ESTABILIDADE
Presidente escolhe quadros com
densidade política e boa articulação no Congresso; aposta de Dilma
Rousseff é em estabilidade política, num momento em que o Brasil
vive a turbulência da Lava Jato; para quem sempre foi criticada por preferir
tecnocratas a políticos, é uma mudança e tanto; confira a lista
completa dos novos ministros
A
presidente Dilma Rousseff deu impulso ao seu novo governo, com o anúncio de 13
novos nomes do primeiro escalão que tomará posse em 1º de janeiro. Eis a lista
que acaba de ser divulgada pelo Palácio do Planalto:
1 -
Jacques Wagner (Defesa)
2
- Gilberto Kassab (Cidades)
3 -
Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)
4 -
Valdir Simão (Controladoria Geral da União)
5 -
Vinicius Lajes (Turismo)
6 -
Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação)
7 -
Cid Gomes (Educação)
8 -
Edinho Araújo (Secretaria de Portos)
9 -
Eduardo Braga (Minas e Energia)
10 -
Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil)
11 -
George Hilton (Esporte)
12
- Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
13 -
Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca)
Fica
claro no conjunto das escolhas que a presidente adotou a estratégia de agregar
chefes partidários ou figuras de expressão em suas agremiações. É uma primeira
leva que forma um ministério eminentemente político. Há surpresas, como o
pemedebista paulista Edinho Araújo, na Secretaria dos Portos, e a substituição
de Moreira Franco por Eliseu Padilha, na Secretaria de Aviação Civil. Os novos
nomes mostram que a presidente procurou respeitar as consultas políticas feitas
com o vice Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, em nome do
PMDB.
Na
busca por caciques que podem fazer a diferença, com seus deputados e senadores,
em votações importantes no Congresso, Dilma confirmou a presença de Gilberto
Kassab, em Cidades, e contemplou Cid Gomes, do Pros, que tem o projeto de
fortalecer uma frente partidária de esquerda para fortalece-la.
No
PT, a presidente fixou-se, agora, no governador da Bahia, Jaques Wagner,
anunciado na Defesa, mas novos nomes, como o do ministro Ricardo Berzoini
e do deputado Pepe Vargas, devem aparecer na próxima leva de anúncios. Uma
troca foi feito com o PCdoB, mudando Aldo Rebelo do Esporte para a Ciência e
Tecnologia. Dilma quer ter todo o ministério anunciado até o dia 29.
A
opção da presidente foi, claramente, pela estabilidade política. Ela está
procurando dar espaço a todos os partidos aliados, por meio de nomes que são de
sua confiança ou tiveram forte respaldo dos comandos de seus próprias legendas.
É possível, como reflexo direto, até mesmo enfraquecer a oposição parlamentar,
à medida em que ela mesma ganha novos porta-vozes na defesa de sua
administração.
Não
dá para negar, por exemplo, que novos ministros como Wagner, Cid, Kassab e
Padilha, de quatro partidos diferentes - PT, PROS, PSD e PMDB -, sempre
foram bons debatedores, alternando capacidade defender seus pontos de
vista e não se dobrar a adversários. Em tempos de turbulências na política
e incertezas na economia, com um novo Congresso, mais hostil ao governo, se
preparando para assumir, contar com políticos desse perfil ao lado será, sem
dúvida, um trunfo para Dilma e a governabilidade de interesse dela e do País.
Abaixo,
notícia do Blog do Planalto a respeito:
A presidenta Dilma Rousseff anunciou
nesta terça-feira (23) novos nomes do seu ministério. São eles:
Aldo Rebelo
(Ciência Tecnologia e Inovação); Cid Gomes (Educação); Edinho Araújo (Portos);
Eduardo Braga (Minas e Energia); Eliseu Padilha (Aviação Civil); George Hilton
(Esporte); Gilberto Kassab (Cidades); Helder Barbalho (Pesca e Aquicultura);
Jaques Wagner (Defesa); Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento);
Nilma Lino Gomes (Políticas de Promoção da Igualdade Racial); Valdir Simão
(Controladoria-Geral da União); e Vinícius Laje (Turismo).
A presidenta
agradeceu a dedicação dos ministros:
Celso Amorim
(Defesa); Cesar Borges (Portos); Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e
Inovação); Edison Lobão (Minas e Energia); Eduardo Lopes (Pesca e Aquicultura);
Gilberto Occhi (Cidades); Henrique Paim (Educação); Jorge Hage (CGU); Luiza
Bairros (Políticas de Promoção da Igualdade Racial); Moreira Franco (Aviação
Civil); e Neri Geller (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
A posse dos novos
ministros será realizada no dia 1º de janeiro.
BRASIL 247 23 de dezembro 2014 às 20:01
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 24.12.2014 06h42m
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