JÔ
SOARES: “IMPEACHMENT DA PRESIDENTE É GOLPE”
Em novo discurso progressista, apresentador da
Globo defende a aprovação do projeto de lei que altera a meta do superávit
primário; "Torcer para que essa lei não seja aprovada é torcer contra o
Brasil. Não ter as contas aprovadas não é muito pior?", questiona; sobre a
possibilidade de impeachment contra Dilma por crime de responsabilidade fiscal,
ele afirma: "Um impeachment, hoje, da nossa presidente, que acabou de ser
reeleita, é golpe. Pra mim é golpe"
Na contramão dos porta-vozes da Globo, como o colunista Merval
Pereira, do jornal O Globo, ou o jornalista William Waack, o apresentador Jô
Soares fez ontem mais um discurso progressista, assustando novamente as
"meninas" que participam do seu programa com comentários sobre temas
políticos (assista
aqui).
O
projeto de lei que altera a meta do superávit primário, cuja tentativa de
aprovação causou confusão ontem e hoje no Congresso, foi defendido
ferrenhamente por ele. "Torcer para que essa lei não seja aprovada é
torcer contra o Brasil", disse. "Não fechar as contas não é muito
pior?", questionou. "E a oposição tá batalhando por isso",
acrescentou.
Diante
do argumento das jornalistas de que os números brasileiros passariam a perder
credibilidade internacionalmente, o apresentador explicou: "Não estou
falando que está certo, estou falando que pragmaticamente, de repente a Dilma
ser atingida por uma lei dessas eu acho que é uma catástrofe para o Brasil
depois de Petrobras, de tudo isso. Dizer 'ó, a presidente não fechou a conta,
então ó... impeachment'".
No
bloco seguinte, o tema do impeachment continuou. A jornalista Ana Maria Tahan,
uma das "meninas", comparou o momento com o do ex-presidente Fernando
Collor, que sofreu impeachment e o Brasil "sobreviveu". Segundo ela,
os brasileiros sobrevivem a tudo, pois têm sempre o otimismo de que as coisas
vão melhorar.
Jô
discordou. "O Brasil vivia um outro momento [na época de Collor], era uma
coisa inteiramente nova no Brasil acontecer isso, os caras pintadas na rua...
isso sim teve uma repercussão positiva no mundo inteiro. Mas um impeachment,
hoje, da nossa presidente, que acabou de ser reeleita, é golpe. Pra mim é
golpe", afirmou.
Lílian
Witte Fibe lembrou que essa não é a vontade do eleitor brasileiro, que reelegeu
Dilma. "A vontade do eleitor é imperadora", ressaltou. Ana Maria
Tahan rebateu, afirmando que nem todos os eleitores sabiam que as contas
públicas estavam desorganizadas. "O eleitor do fundo do Amazonas, do Pará,
do Nordeste... não sabia não. Sabíamos nós", disse.
BRASIL 247 03 de dezembro de 2014 17:07
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 04.12.2014 12h26m
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