COMO
O CELULAR ESTÁ SE TORNANDO UMA AMEAÇA MORTAL NO TRÂNSITO
A decisão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de reduzir a
velocidade das marginais já diminuiu em 30% os acidentes de trânsito, segundo a
CET.
A grita foi grande por
parte dos dependentes de carro na cidade. Mas esse é apenas o primeiro passo no
sentido de evitar esse drama cotidiano. Há um mal da modernidade que, uma hora
ou outra, terá de ser enfrentado.
Se você estiver lendo este
texto no seu celular no automóvel, olhe em volta e repare a quantidade de
motoristas que estão fazendo a mesma coisa enquanto esperam o sinal abrir.
O crescimento da internet
móvel é avassalador. Só neste primeiro trimestre de 2015, mais de 68 milhões de
brasileiros acessaram a internet via smartphone.
Cinco apps consumiram 80%
do acesso: o WhatsApp consumiu 13%, o Facebook, 28%, Chrome, 16%, YouTube,
15%, e Instagram, 6%. Ainda tem o Waze, os e-mails de trabalho, os portais de
noticias, os apps de música, as notícias e muito, muito mais.
Pesquisa da Associação
Brasileira de Medicina de Tráfego relata que 80% dos motoristas admitem que
utilizam o smartphone enquanto dirigem. É uma tendência de alta irreversível.
Mortes e acidentes por
distração no celular já são consideradas uma nova epidemia nos Estados Unidos e
Europa. Estudos da inglesa RAC Foundation apontam que um envio de mensagens
retarda o tempo de reação do motorista em 35 segundos.
Outra pesquisa do
Departamento de Trânsito dos Estados Unidos afirma que o risco de acidente ao
usar o celular aumenta 400%. O Centro de Tecnologia Allianz, da Alemanha,
estima que um terço dos acidentes de trânsito no mundo acontecem por causa do
uso de celulares.
No Brasil, ainda não se
realizou um estudo sobre o custo das vítimas destas ocorrências no SUS e
raramente se consegue identificar. No Reino Unido, a Associação dos Delegados
de Polícia orientou seus agentes a confiscarem os aparelhos dos envolvidos em
batidas. Se comprovado o uso do celular, o motorista pode pegar até 14 anos de
prisão, dependendo da gravidade.
Não vai ser nada fácil
mudar o hábito de consultar o iPhone, especialmente entre os jovens e adultos
em idade produtiva. Muita educação, fiscalização e multas são as únicas formas
de protegê-los — e, mais do que a eles, aos que estão fora do automóvel.
Fonte: BRASIL 247 19 de agosto 2015
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 20.08.2015 07h51m
Nenhum comentário:
Postar um comentário