CENTRAIS
SINDICAIS SE UNEM CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Não
bastasse a turbulência na política, que afeta a agenda econômica, mais um
obstáculo precisará ser superado pelo governo do presidente interino, Michel
Temer, na estratégia de ajustar as contas públicas. Em carta enviada ontem ao
ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, as centrais sindicais informaram oficialmente
que fecharam posição contra "qualquer" proposta de reforma da
Previdência. No lugar das mudanças, as entidades propuseram nove medidas para
elevar a arrecadação. Entre elas estão regulamentação dos jogos de azar e a
destinação das receitas para o sistema, a criação de um novo Refis (programa de
parcelamento de dívidas) para recuperar R$ 236 bilhões de dívidas ativas com a
Previdência, o fim da desoneração sobre a folha de salários das empresas, a
revisão das isenções para entidades filantrópicas e a recriação do Ministério
da Previdência.
Na carta, as entidades - chamadas pelo governo
para discutir a reforma - alegam que o regime de aposentadoria é parte
integrante da Seguridade Social e que, portanto, junto com as áreas de saúde e
assistência social, "deve ser financiada por toda a sociedade".
Para
isso, as centrais sugerem que a chamada DRU (Desvinculação das Receitas da
União), que agora deverá ser ampliada para estados e municípios, não atinja o
orçamento da Seguridade Social, que é "superavitário", na visão dos
sindicalistas.
"As centrais sindicais entendem que o
orçamento da Proteção Social é e sempre foi superavitário, sendo inoportuna
qualquer reforma de proposta paramétrica que signifique supressão ou restrição
de direitos adquiridos pelos trabalhadores", destaca o documento, assinado
por quatro centrais: Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Força Sindical;
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores
(UGT).
Fonte: PREVIDÊNCIA TOTAL 08 de junho de 2016 17h25m
Adaptado pelo Blog do SINPROCAPE 09.06.2016 12h48m
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